10 out, 2020 - 14:18 • Redação
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Portugal regista, este sábado, o dia com maior número de novos casos desde que começou a pandemia causada pelo novo coronavírus. Nas últimas 24 horas, o país registou 1.646 novos casos. O anterior "recorde" tinha sido registado a 10 de abril, altura em que Portugal teve 1.516 novos casos num só dia.
Há ainda a lamentar cinco mortes, uma na faixa etária dos 50 aos 59 anos, outra entre os 70 e os 79 anos e três com mais de 80 anos.
Também é o dia em que o país ultrapassa os 30 mil casos ativos: Portugal tem agora 30.704 casos ativos de covid-19. Para este número contribuem os 1.002 novos casos ativos registados nas últimas 24 horas, terceiro dia com número mais elevado de novos casos ativos.
A faixa etária 20-29 regista maior aumento de novos casos, com 316 novas infeções reportadas.
Este sábado, a Santa Casa da Misericórdia de Bragança registou este sábado mais duas mortes relacionadas com a covid-19 e 17 casos de infeção pelo novo coronavírus, elevando para oito o número de óbitos e para 141 os casos positivos.
Reportagem
O novo coronavírus entra-nos primeiro no corpo, e (...)
Portugal regista o terceiro dia consecutivo com mais de um milhar de casos. Na sexta-feira, a diretora-Geral da Saúde revelou que as confraternizações familiares têm sido responsáveis por 67% dos novos casos reportados nos últimos dias.
Na habitual conferência de imprensa para acompanhar a evolução da pandemia, Graça Freitas apelou, por isso, a uma diminuição deste tipo de festas. “Se nos é permitido um apelo, tentem confraternizar menos nesta fase em que o vírus está bastante ativo em Portugal e na Europa”, disse Graça Freitas.
O apelo da DGS surgiu no mesmo dia em que Marcelo Rebelo de Sousa considerou que se vive uma "situação grave" e admitiu que pode vir a ser necessário "repensar o Natal em família".
Já a ministra da Saúde, Marta Temido, disse esta sexta-feira que os indicadores de covid-19 no país inspiram “naturais preocupações” em relação à pressão no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e destacou o recorde obtido na quarta-feira no número de testes diários realizados.
Em entrevista à Renascença, Manuel Carmo Gomes, professor de Epidemiologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, defende que, perante a chegada de uma nova vaga da doença, é preciso “evitar contactos entre avós e netos" que não vivem na mesma casa e medidas municipais para travar o novo coronavírus.