26 mai, 2020 - 13:00 • João Fonseca
Edgar Vilaça, administrador financeiro da Portimonense SAD, diz que não é hora de pensar no assunto, mas admite que correr pela liderança da Liga seria um projeto aliciante.
Em entrevista à Renascença, o dirigente, um dos homens da confiança de Theodoro Fonseca, confessa que foi surpreendido pelo posicionamento do seu nome como potencial sucessor de Pedro Proença.
Edgar Vilaça começa por reforçar que "ainda existe um presidente na Liga" e que, apesar de ficar satisfeito com o reconhecimento, mas "neste momento" não é tema que o ocupe. "Futuramente, logo ser verá", acrescenta.
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Além disso, o administrador do emblema algarvio tem um compromisso com Theodoro Fonseca, proprietário da Portimonense SAD, com quem diz ter "um contrato quase vitalício", que dá significado ao valor que atribui às funções que desempenha atualmente.
O nome de Edgar Vilaça terá sido sugerido por Carlos Pereira, presidente do Marítimo, com quem tem "amizade de vários anos" e com quem partilha "vários temas do futebol".
O líder do clube insular é desde sempre um opositor de Pedro Proença, "contestatário em alguns assuntos", descreve Edgar Vilaça, mas noutros assuntos é alguém que "tem coragem para dar dois murros na mesa, dizer, frontalmente o que é preciso e o que é justo para o futebol português".
Para 9 de junho está marcada Assembleia Geral da Liga e o futuro de Pedro Proença será o principal tema em discussão. Benfica e Cova da Piedade abandonaram a direção do organismo e há vários clubes a contestar o atual presidente.
O Leixões, por outro lado, está ao lado do líder e Paulo Lopo disse, à Renascença, que ninguém terá de empurrar Proença. Ele sairá no final da época, "por vontade própria", previu.
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O estádio do Portimonense foi um dos que teve de fazer mudanças para ser validado pela Direção-Geral da Saúde para ser utilizado na reta final do campeonato.
Uma luta de "vários dias e, principalmente, duas noites quase até às cinco da manhã" para manter a equipa no seu reduto. Edgar Vilaça contesta o facto de só terem sido alertados para uma vistoria "no dia anterior" à visita dos técnicos.
O dirigente conclui que "já estava mais ou menos determinado que só seriam aprovados os estádios de nível 1". No entanto, o Portimonense conseguiu reverter a situação. Algo que só foi possível, sublinha Edgar Vilaça, pela "pressão de Theodoro Fonseca junto dos presidentes, da Liga e do próprio Governo".
E também, acrescenta, que a ajuda do presidente da Federação Portuguesa de Motonáutica foi fundamental. Paulo Ferreira trabalha num empresa ligada ao setor da Saúde e auxiliou o clube na elaboração do plano de contingência para o Estádio Municipal de Portimão.
O terreno do Portimonense tem a classificação de nível 3, a mais baixa de acordo com o Regulamento de Competições da Liga, que no Anexo IV apresenta a tabela de requisitos que serve para determinar a classificação dos estádios.
Edgar Vilaça considera, no entanto, que essa avaliação não pode ser cega: "Há estádios de nível 3, que é o caso do nosso, que têm melhores condições do que estádios de nível 1, como é o caso do Estádio Algarve".
O administrador financeiro da Portimonense SAD fala de um "investimento de três milhões no estádio" e ainda de "quase cinco milhões no centro de treinos", para defender a "injustiça" que na sua opinião seria deixar o estádio de Portimão de fora das últimas jornadas da Liga portuguesa.