05 mai, 2020 - 22:35 • Pedro Mesquita , Filipe d'Avillez
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As escolas ainda vão a tempo de contratar novos professores, como indicam as orientações dadas esta terça-feira à noite pelo Ministério da Educação para o regresso às aulas.
O Ministério quer horários desfasados, intervalos mais curtos e turmas desdobradas e sugere às escolas a contratação de professores com disponibilidade.
O presidente da Associação de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, Filinto Lima, já reagiu a estas orientações e diz que chegaram em boa hora.
“Ainda vai a tempo porque os diretores já fizeram as suas contas em relação à necessidade de contratarem ou não professores”, diz Filinto Lima à Renascença.
“Portanto amanhã já estão em condições de efetivarem essa contratação, acedendo a uma plataforma própria que temos no Ministério da Educação. Cada diretor agora vai adaptar as orientações à sua realidade, à sua escola”, conclui.
As orientações publicadas pelo Governo impõem a criação de turmas mais pequenas, mas não define o número de alunos que devem ocupar a sala de aula. O Ministério diz, porém, que “quando inviabilizar o cumprimento das regras de distanciamento físico nos espaços disponíveis, as escolas podem desdobrar as turmas, recorrendo a professores com disponibilidade na sua componente letiva”.
Se isso não for possível, a escola pode contratar professores, como admitiu na Assembleia da República o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues. Há ainda uma outra possibilidade dada às escolas, que é “reduzir até 50% a carga letiva das disciplinas lecionadas em regime presencial”.
O Governo decidiu, como medida de desconfinamento, que os alunos de 11.º e 12.º ano regressam às aulas presenciais a partir do dia 18 de maio.