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​Costa diz que não há condições para coligação de Governo

23 nov, 2018 - 20:24 • Eunice Lourenço

Primeiro-ministro citou Jerónimo de Sousa e criticou o Bloco de Esquerda na conferência de imprensa de três anos de Governo.

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O primeiro-ministro, António Costa, não considera possível fazer um Governo de coligação com os partidos que o apoiam.

Na conferência de imprensa em que assinalou três anos de Governo, o primeiro-ministro disse mesmo que esse eventual Governo seria menos eficaz se fosse uma coligação a três e assumiu que não há convergência suficiente para uma coligação, nem pré, nem pós-eleitoral.

“Não creio que a evolução permita esse avanço, não creio que isso seja mau para cada um dos partidos”, disse o primeiro-ministro na Casa de Allen, no Porto, onde fez a conferência de imprensa.

António Costa disse mesmo que acha que o actual Governo “seria menos eficaz se fosse uma coligação a três” e defendeu que cada partido tem de manter a sua identidade.

Como já tem acontecido outras vezes, o primeiro-ministro citou o líder comunista, Jerónimo de Sousa, para dizer que “o grau de compromisso depende do grau de convergência” e essa convergência não é suficiente para uma coligação.

Mas António Costa também aproveitou para criticar o Bloco de Esquerda. Primeiro, disse que lhe parece que “não é muito inteligente” que os partidos que apoiam atualmente o Governo vão para campanha eleitoral a lutarem uns contra os outros.

E, de seguida, a estocada ao Bloco: “lamento que, pelo menos, o Bloco de Esquerda tenha definido como objetivo eleitoral o combate ao PS”, disse Costa.

Em resposta a outra pergunta, recusou pedir uma maioria absoluta. “As maiorias absolutas não se pedem, merecem-se”, afirmou o primeiro-ministro praticamente no fim das quase duas horas de conferência de imprensa.

Comentários
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  • Cidadao
    24 nov, 2018 Lisboa 13:33
    Obviamente! O que é preciso é Maioria Absoluta para fazermos o que quisermos sem dar cavaco a ninguém. E depois o BE e o PCP, uns chatos que em troca de votarem por nós e manterem um governo minoritário que sem esse apoio não durava uma semana, estão sempre a apresentar a fatura e querem descongelamentos de carreiras, aumentos salariais, bater o pe'ao diretorio de Bruxelas, investir em Escola e Saúde públicas, melhorar os Serviços Públicos de apoio aos desfavorecidos, aumentar o salário minimo, cortar nas PPP's e nas rendas das energéticas... A lista de reivindicações não tem fim. Pode-se lá governar com eles no governo a ter acesso direto aos dossiers onde estão as nossas falcatruas e a acabar com a nossa competitividade que consiste em ter técnicos de 1ª, com salários do terceiro mundo ...

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