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Quercus: Autorização para procurar petróleo no Algarve "é no mínimo estranha"

31 jan, 2017 - 00:26 • Elsa Araújo Rodrigues

Ambientalistas acusam executivo de ignorar consulta pública, em que 42 mil pessoas se manifestaram contra a exploração de petróleo.

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A autorização do Governo para o consórcio Eni-Galp realizar procurar petróleo no mar de Aljezur é “no mínimo estranha", afirma João Branco, da Quercus, em declarações à Renascença.

A Quercus faz parte da Plataforma Algarve Livre de Petróleo (PALP), que pediu uma reunião com carácter de urgência ao Governo para falar sobre a questão.

“Pedimos a reunião com carácter de urgência ao Governo porque foi tornado público que o Governo tinha autorizado a perfuração de furos para petróleo e gás ao largo ao Algarve e Alentejo, na zona de Alzejur. Quanto a nós, é uma situação no mínimo estranha, porque houve um processo de consulta pública no qual 42 mil pessoas se manifestaram contra a exploração de petróleo nessa zona. E, portanto, a questão é: para que servem as consultas públicas?”, refere João Branco.

O ambientalista considera que o processo, que levou à autorização do furo em Aljezur, foi conduzido "às escondidas".

“Tudo isto foi feito assim meio às escondidas. Porque a autorização foi dada, mas não foi tornada pública. Acabou por ser saber porque isso acabou por ser denunciado no Parlamento. Mas, na nossa opinião, isto é uma falta de respeito para com todos os cidadãos que participaram na consulta pública e que manifestaram a sua opinião contra. Até parece que esta consulta pública foi apenas para cumprir calendário”, lamenta João Branco, da Quercus.

A Plataforma Algarve Livre de Petróleo lembra que, a 7 de Dezembro, o secretário de Estado da Energia emitiu um despacho a indicar que foram "rescindidos os contratos de concessão para pesquisa, desenvolvimento e produção de petróleo nas áreas designadas por 'Aljezur' e 'Tavira', onshore, no Algarve", entre o Estado e o consórcio Portfuel.

Na mesma data, o governante "determinou o início do processo de execução das cauções prestadas pelo consórcio constituído pelas empresas Repsol Exploration, S.A. e Partex (Iberia), S.A." por "existir uma situação de incumprimento não justificado do plano de trabalhos para 2016", acrescentou.

Contudo, na semana passada, a Plataforma tomou conhecimento de que "a Direcção Geral dos Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM) emitiu uma licença Título de Utilização Privativa do Espaço Marítimo Nacional (TUPEM), no dia 11 de Janeiro, para o consórcio Eni-Galp realizar uma sondagem a grande profundidade no mar em frente a Aljezur, furo a que se tinham oposto formalmente mais de 42. 000 cidadãos e instituições, em sede de consulta pública".

Comentários
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  • Irra
    01 fev, 2017 Porto 01:38
    Ó (ZÉ), à hora a que meteu o seu comentário não devia de estar a cavar batatas, limpar matas, limpar passeios, não seria melhor ser util à sociedade. Pois é pela boca morre o peixe.
  • Povinho
    01 fev, 2017 Braga 01:34
    Ó (zé) até dá a impressão que anda a fazer tudo o que diz. Conversa da treta está o mundo cheio, mas pareçe que anda com ilusões. Vá em ilusões e depois vá ao tota queixar-se. Sempre gostava de ver a fazer tudo o que diz. Aproveite os manuais escolares são gratuitos, sempre pode ir aprender alguma coisa. isto é cada cromo.
  • Concordo
    31 jan, 2017 Sagres 15:28
    São seguramente mais de 10 milhões! Vê-se logo pelo plano aberto com que foi tirada a fotografia. Não dizia o Trump que estavam mais pessoas na tomada de posse dele do que na de Obama?? O Português tem sempre sorte e é um coitado. Se fica numa cadeira de rodas "teve sorte, não morreu", se morre "teve sorte não ficou a sofrer"; se não há petróleo "Coitado que nem petróleo há", se há petróleo "coitado que lá se vão as praias". Ai destino ai destino...
  • Palma
    31 jan, 2017 Colónia 09:42
    Algarve livre de petróleo e Portugal cheio de dividas.
  • 31 jan, 2017 lisboa 09:30
    Deveriam ser enfiados todos do poço que for aberto!!! O desenvolvimento do país a criação de riqueza, a criação de postos de trabalho com esta teorias da chacha!!! estes ambientalistas vão mas é trabalhar, limpar matas, limpar passeios cheios de excrementos de cães, destruir ninhos da lagarta do pinheiro, tratar a doença do pinheiro que está a matar muitos pinheiros!!! enfim sejam uteis à societade deixem de retóricas!!!! deitem mão mas é ao trabalho!!!
  • Tuga
    31 jan, 2017 lisboa 08:19
    Depois de aberto o furo estes gajos deveriam ser lá todos enfiados!!
  • Povo Portugues
    31 jan, 2017 Coimbra 04:23
    Se foi feito às escondidas metam tudo a claro. Simples. Contudo se alguma coisa foi feita e não se passa cartão ao povo português. Então alguns governantes devem de dar explicações ao seu povo. Afinal os governos estão no poder é o povo que os coloca. E ainda dizem que na politica não é (o vale tudo). Será?
  • paulo
    31 jan, 2017 porto 01:05
    42 mil pessoas ????? A sério ?????? É que parece que somos 10 ou 11 milhões...

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