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Detenção de jovem português impediu "mais crimes em massa"

03 mai, 2024 - 14:58 • João Cunha , com redação

Entre eles estava um plano para assassinar, com elevado sofrimento, um mendigo, cujas imagens seriam posteriormente divulgadas na internet, revela o diretor nacional da PJ.

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A detenção do jovem português que ordenou o ataque a uma escola no Brasil impediu outros massacres em massa, disse esta sexta-feira o diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ).

Entre eles estava um plano para assassinar, com elevado sofrimento, um mendigo, cujas imagens seriam posteriormente divulgadas na internet, revela Luís Neves.

Em declarações aos jornalistas, o diretor nacional da PJ explica que a operação foi como procurar uma agulha num palheiro, mas valeu a pena.

“É um trabalho de filigrana, de muito sofrimento, porque é dia e noite até encontrarmos a forma de entrar e identificar esta pessoa. Estancámos uma atividade que ia ter mais mortes, mais jovens e escolas atacadas, mais crimes em massa, mais sofrimento humano. Estamos felizes por isso e, sobretudo, porque é um trabalho de repressão, mas também um trabalho preventivo global.”

Há que saber ler os sinais e perceber porque os jovens se isolam, frente a um computador, durante dias a fio, alerta Luís Neves.

A família do jovem detido na quinta-feira, no Norte de Portugal, não fazia ideia do que se passava, adianta.

“Foi totalmente surpreendida e, por isso, aproveito, como responsável de uma instituição policial, [para dizer que] todos nós, a sociedade, as famílias, temos de procurar ler os sinais. Mais atenção, maior proximidade, interação”, apela Luís Neves.

A Polícia Judiciária (PJ) deteve na quinta-feira no Norte do país um estudante português que terá ordenado massacres em escolas no Brasil.

Em causa estão os crimes de homicídio qualificado e incitamento ao ódio e à violência, além de pornografia de menores, adiantou posteriormente a PJ, em comunicado.

O jovem de 17 anos é suspeito de ter criado uma comunidade online na plataforma Discord, a partir de casa dos pais, onde instigava e ordenava outros jovens a atacar estabelecimentos de ensino.

Numa das situações, um rapaz de 15 anos invadiu uma escola em Sapopemba, São Paulo, e matou uma rapariga de 17 anos com um tiro de revólver na cabeça.

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