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Covid-19

Fim de limites de lotação nas igrejas, comunhão continua na mão

30 set, 2021 - 16:05 • Filipe d'Avillez

As exéquias e celebrações fúnebres voltam "ao normal" e todas as atividades educativas e formativas devem seguir as orientações das autoridades civis. As medidas entram em vigor esta sexta-feira.

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A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) anunciou esta quinta-feira o fim da imposição de limites à lotação das igrejas, por causa da pandemia. A medida entra em vigor no dia 1 de outubro.

O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), o padre Manuel Barbosa, explica algumas das alterações que vão ser aplicadas de imediato. “Deixa de haver o limite de metro e meio a dois metros, mas mantemos o uso de máscara e higienização de mãos”, por exemplo.

O padre Manuel Barbosa sublinha que não se trata ainda de uma abertura total, mas apela aos cristãos para estarem nas igrejas com toda a confiança.

Num comunicado enviado à Renascença os bispos explicam que, no contexto do levantamento de outras restrições no país, também as igrejas podem relaxar, “de forma ponderada” os limites à ocupação.

“Em relação às nossas assembleias litúrgicas, que são o coração pulsante da vida de fé, geradoras da comunhão eclesial e dinamizadoras do serviço e da missão, tendo em conta a evolução contextual, é tempo de ir retomando uma maior participação dos fiéis, abrandando de forma ponderada os distanciamentos e os limites impostos à lotação das nossas igrejas. Entretanto, as outras medidas de proteção – higienização das mãos e uso da máscara – devem manter-se”, lê-se.

Na ausência de um limite estipulado pelos bispos, depreende-se que cada comunidade é convidada a avaliar a sua própria situação e a agir em conformidade.

O documento explica que os padres e leitores podem retirar a máscara para serem mais bem compreendidos pelos fiéis, desde que seja respeitada a distância de segurança, mas salvaguarda que a comunhão continuará a ser distribuída exclusivamente na mão, e não diretamente na boca, embora o diálogo anterior a esta, em que o padre anuncia "Corpo de Cristo" e o fiel responde "Amen", pode ser retomado. A coleta pode voltar a realizar-se, mas a saudação da paz continua suspensa.

Enterros voltam ao "normal"

Todas as alterações que entretanto foram feitas durante a pandemia às celebrações fúnebres também ficam suspensas, com os bispos a ordenar que "no tocante à celebração dos demais Sacramentos, Sacramentais e Exéquias cristãs, deverão retomar-se as prescrições dos livros litúrgicos."

Os padres são também convidados a manter uma distância de segurança com os penitentes na confissão, sem pôr em causa o sigilo, e "nas unções, evite-se o contacto corporal direto, recorrendo ao uso de compressas de algodão que, em seguida, se recolhem e posteriormente serão incineradas. Antes e depois dos ritos que comportem algum contacto físico com pessoas ou objetos, os ministros devem proceder à higienização das mãos."

"Nos velórios, a prática da aspersão supõe a mesma cautela. Se não for possível garantir esse procedimento, é preferível retirar a caldeirinha e usá-la apenas no Rito da Encomendação. As pias de água benta junto às entradas da igreja continuarão vazias", lê-se ainda no documento.

Por fim, a Igreja portuguesa remete para as autoridades civis outras atividades pastorais como "catequese e outras ações formativas, reuniões, ajuntamentos, iniciativas culturais e de restauração, entre outras, bem como peregrinações, procissões, festas, romarias, concentrações religiosas, acampamentos e outras atividades similares", que devem seguir "as regras previstas pelas autoridades competentes para situações educativas, sociais e culturais semelhantes".

A Igreja Católica em Portugal tem feito questão de seguir sempre as orientações da DGS e do Governo relativas à pandemia, antecipando-se mesmo a elas em algumas ocasiões.

As novas orientações surgem numa altura em que Portugal conta já com uma taxa de vacinação de cerca de 85% da população, o que permite, segundo o Governo, levantar várias das restrições que ainda estavam em curso.

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  • Joaquim Santos
    30 set, 2021 Tojal 20:35
    Maria Mãe da Bondade em 5/9/21, em São Marcos da Serra, num apelo aos bispos de todo o mundo: "Peço-vos em nome do Meu Filho Jesus Cristo, que nas suas Igrejas, somente os sacerdotes e diáconos que estão prestes a serem ordenados possam distribuir a Santa Comunhão! Não firam ainda mais o Sagrado Coração de Meu Filho Jesus! Cada Sacerdote é responsabilizado perante Meu Filho! Alguns sacerdotes ficam sentados confortavelmente em suas cadeiras e deixam os leigos distribuir o Santo Corpo do Meu Filho. Os Sacerdotes devem oferecer o Corpo do Meu Filho aos fiéis ajoelhados e na boca. O Meu Filho Jesus disse: parem com a Comunhão na mão, recebida de pé, porque ninguém pode tocar seu Corpo Santo, excepto as mãos consagradas dos Sacerdotes. Também meus filhos, Jesus Cristo disse: comunico aos Meus bispos e sacerdotes: somente Meus servos sacerdotes, podem abrir o tabernáculo e levar o cálice com o Meu Corpo, e não uma pessoa leiga! Meu Coração está ferido terrivelmente! Cada servo bispo, sacerdote e cada pessoa que vive na terra, serão responsabilizados no Tribunal de Deus por tudo isso. Então, Deus o Pai, Eu o Filho, e o Espírito Santo vamos abençoar aqueles que obedecerem a Mim e a Minha Mãe! Estejam unidos com a Santa Igreja e rezem muito pelos Meus servos bispos e sacerdotes, para que distribuam Meu Corpo somente de joelhos, e na boca. Fazei, filhos queridos, que esta mensagem seja divulgada com urgência junto dos bispos, sacerdotes e a todos os filhos no mundo inteiro."

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