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Amadora. Desacatos no bairro do Zambujal após morte de homem pela PSP

21 out, 2024 - 21:58 • Ricardo Vieira

Imagens divulgadas nas redes sociais mostram vários focos de incêndio nas ruas do Bairro do Zambujal. PSP e bombeiros foram apedrejados. Polícia apela à calma e avisa: "Não vamos tolerar comportamentos de uma minoria que ponham em causa a segurança da maioria”.

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Desacatos no bairro  do Zambujal após morte de homem pela PSP
Desacatos no bairro do Zambujal após morte de homem pela PSP

O Bairro do Zambujal, na Amadora, foi esta segunda-feira à noite cercado pela polícia na sequência de desacatos após a morte de um homem baleado pela PSP.

Imagens divulgadas nas redes sociais mostram vários caixotes do lixo em chamas e ruas cortadas por jovens que arremessam objetos e gritam insultos contra a polícia. Há também relato de disparos.

Em declarações aos jornalistas no local, a porta-voz da PSP, Ana Ricardo, explica que a polícia foi atacada com “pedras e garrafas” esta segunda-feira à noite no Bairro do Zambujal, quando acompanhava os bombeiros na sequência de um alerta para vários focos de incêndio.

“Foi-nos dada a indicação de que existiam diversos focos de incêndio no interior do bairro. A nossa atuação foi em apoio aos bombeiros, verificámos depois algumas situações de desordem em que tivemos de atuar para repor a ordem pública”, afirma a subcomissária Ana Ricardo.

Nesta altura, pedimos calma. Não vamos tolerar comportamentos de uma minoria que ponham em causa a segurança da maioria”, sublinha a porta-voz da PSP.

A subcomissária Ana Ricardo não tem informações sobre detenções ou feridos e adianta que a Polícia vai continuar no bairro durante o tempo que for necessário, “por questões de segurança”.

O comandante do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP deslocou-se ao local para se inteirar da situação.

"Senti barulhos a bater, tipo pedras e tiros"

Um autocarro da Carris Metropolitana também foi atacado, mas ninguém ficou ferido. Em declarações aos jornalistas, o motorista conta que contornou caixotes do lixo que estavam no meio da estrada e que a viatura foi atingida com o que pareciam ser "pedras e tiros".

A bordo seguiam dois passageiros e o motorista, que confessa ter apanhado um "grande susto".

"Estava tudo cortado, desviei-me dos contentores e senti barulhos a bater, tipo pedras e tiros. Ninguém ficou ferido", relata o motorista.

Odair Moniz, o homem atingido mortalmente na madrugada de segunda-feira numa operação policial na Cova da Moura, morava no Bairro do Zambujal.

Inicialmente, a PSP e os bombeiros não conseguiram entrar no bairro, devido aos desacatos levados a cabo por dezenas de pessoas. Os moradores estão impedidos de entrar por questões de segurança.

Para aquele do bairro do concelho da Amadora foi destacado um forte contingente de elementos das forças de segurança, incluindo da Unidade Especial de Polícia.

De acordo com a PSP, foi baleado pela polícia quando tentava resistir à detenção e agredir os agentes com uma arma branca.

Em comunicado, a direção nacional da força de segurança adianta que o Comando Metropolitano de Lisboa intercetou o homem, de 43 anos, às 05h43.

“Minutos antes, na Avenida da República, na Amadora, o suspeito, ao visualizar uma viatura policial, encetou fuga para o interior do Bairro Alto da Cova da Moura, também na Amadora”, refere a PSP.

No local, acrescenta, “o condutor entrou em despiste, abalroando viaturas estacionadas, tendo o veículo em fuga ficado imobilizado”.

De acordo com a PSP, na Rua Principal daquele bairro do distrito de Lisboa os agentes abordaram o suspeito, que “terá resistido à detenção e tentado agredi-los com recurso a arma branca”.

“Esgotados outros meios e esforços”, indica, um dos polícias recorreu à arma de fogo e atingiu o homem, “em circunstâncias a apurar em sede de inquérito criminal e disciplinar”.

O suspeito foi assistido no local e transportado para o Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, onde veio a morrer pelas 06:20.

A PSP adianta que foi dado conhecimento ao Ministério Público e à Polícia Judiciária, que se deslocou ao local da ocorrência.

“Foram realizados procedimentos de preservação e de gestão do local do crime e seguir-se-ão outras diligências investigatórias junto dos polícias da PSP e de testemunhas, para apurar as circunstâncias que originaram esta ocorrência”, adianta, lamentando o desfecho do incidente.

A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, determinou à Inspeção-Geral da Administração Interna a abertura de um inquérito "com caráter de urgente" sobre a morte de um homem na Cova da Moura.

[em atualização]

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  • Gzveee
    21 out, 2024 Berlin 23:45
    Andava às 05h43 na rua a conduzir a fugir da polícia e abalroar carros. Era concerteza um inocente cidadão de bem. Não há justificação para desacatos por terem baleado um criminoso.
  • Tiago
    21 out, 2024 Lisboa 22:11
    A polícia não deixa os jornalistas entrarem para não testemunharem o que vão fazer.Reparem que taparam a cara e retiraram o crachá com a identificação.Policias cheios de esteróides e que provavelmente fizeram serviço militar na base aérea n5. Quem me diz que a arma branca não foi "plantada".

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