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Pandemia de Covid-19

Cascais reafirma “cerca” de transportes se carreiras não forem repostas a 100%

01 jul, 2020 - 12:52 • Marta Grosso

Carlos Carreiras prevê que a medida afete, sobretudo, os transportes públicos que circulem durante a hora de ponta da manhã. O objetivo é “salvaguardar a saúde pública” contra a Covid-19.

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O presidente da Câmara de Cascais reitera o aviso que já tinha deixado escrito: se as carreiras intermunicipais da Área Metropolitana de Lisboa não forem repostas a 100%, serão barradas à entrada do concelho.

“Logo que foi feito o desconfinamento, repusemos a 100% as careiras municipais e, naquelas em que se verifica que há excesso, aumentámos”, começa por argumentar Carlos Carreiras, em declarações aos jornalistas, nesta quarta-feira, no Estoril.

Face à reposição anunciada de 90%, a partir deste dia 1 de julho, o autarca diz que “não é o suficiente”, sobretudo “quando sabemos que a capacidade de lotação de cada autocarro diminuiu para cumprir as regras sanitárias”.

“O que estamos a fazer não é 90%, é menos de 90% e, em condições normais, essas carreiras já andavam sobrelotadas”, sublinha ainda.

Por isso, Carlos Carreira decidiu definir um prazo, “até ao final desta semana”, para que “a Área Metropolitana de Lisboa se entenda com o Governo e coloque esse reforço” de 100% na região.

“Senão, na próxima semana, estaremos em condições de, nas fronteiras do concelho, nessas carreiras intermunicipais, cumprir com a salvaguarda da saúde” de todos – ou seja, impedir a entrada destes autocarros.

“Não são todas as carreiras que não estão a cumprir, são as da hora de ponta, sobretudo da manhã” e “temos a perceção de que não é preciso muito para [as] podermos conter”, garante.

Mas, até lá, Carlos Carreiras espera que a Autoridade Metropolitana de Transportes e a Área Metropolitana de Lisboa se entendam com o Governo para resolver o problema da reposição de transportes públicos.

“Se fizermos a divisão do que são 150 milhões de euros pelo número de habitantes da Área Metropolitana de Lisboa, é um número ridículo para que não se salvaguarde a saúde”, sustenta, referindo-se ao reforço financeiro atribuído ao setor, com vista, precisamente, à retoma das carreiras.

“Cascais consegue resolver o problema dos seus transportes e assumimos o custo de ter esses transportes inclusivamente gratuitos, de dar máscaras em todos os transportes, rodoviários ou ferroviários, e acredito que os outros municípios também possam fazer o mesmo”, conclui.

Carlos Carreiras respondia a questões dos jornalistas depois de, num artigo no jornal “i”, ter lançado o aviso aos responsáveis da Grande Lisboa sobre a “cerca” de transportes no seu concelho.

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