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Pelo menos 200 detidos por invasão ao Congresso do Brasil

08 jan, 2023 - 23:58 • Ricardo Vieira

"Contingente não atuou" para conter invasores, afirma o ministro da Justiça.

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Pelo menos 200 pessoas foram detidas esta domingo, em Brasília, em flagrante por participação no ataque ao Congresso do Brasil, avança o ministro da Justiça, Flávio Dino.

Nas próximas horas mais pessoas serão detidas na medida em que a polícia prossegue as investigações.

Quarenta autocarros dos manifestantes foram apreendidos em Brasília e os seus financiadores identificados.

O responsável do Governo de Lula da Silva afirma que houve planeamento de segurança para a manifestação de apoiantes do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas aconteceram "omissões que serão apuradas".

O ministro da Justiça, Flávio Dino, fala em danos gravíssimos nos edifícios do Congresso, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal.

"Contingente não atuou" para conter invasores

O Governo brasileiro apelida de "terroristas" os invasores das instalações dos Três Poderes.

"Não são atos políticos, são atos terroristas. Estiverem onde estiverem, as pessoas envolvidas nestes incidentes serão presas", declarou Flávio Dino, em conferência de imprensa.

Em causa pode estar o crime de golpe de Estado, adiantou o ministro da Justiça.

Flávio Dino admitiu claramente que houve uma falha grave de segurança e anunciou uma investigação.

“Existe um contingente [do Exército] dedicado à proteção da sede da Presidência e os factos mostram que esse contingente não atuou. Porquê que isso aconteceu? Vai ser alvo de uma investigação do Ministério da Defesa, afirmou também o ministro da Justiça.

A decisão de abrir a esplanada do Congresso "foi errada". Falta saber se foi "erro, omissão ou conivências", declarou o governante.

Bolsonaro responsável politicamente

O ministro da Justiça foi questionado pelos jornalistas se Jair Bolsonaro pode ter que responder na Justiça pelo que aconteceu este domingo em Brasília.

Flávio Dino respondeu que politicamente sim, judicialmente aos autoridades competentes é que têm de investigar.

“Politicamente, é claro que houve uma transição conflituosa e a não aceitação do resultado eleitoral. É claro que a responsabilidade política é inequívoca. Responsabilidade jurídica, depende da Justiça. Não vejo neste momento qualquer responsabilização jurídica do ex-presidente Jair Bolsonaro. Responsabilidade política sim”, declarou.

O ministro da Justiça garante que "as instituições e a democracia venceram mais uma vez" prometeu que "isto não vai mais acontecer no nosso país".

Apoiantes de Bolsonaro invadem Congresso do Brasil
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