Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Boris Johnson não se demite apesar de debandada no Governo

06 jul, 2022 - 13:03 • Ricardo Vieira

“O trabalho de um primeiro-ministro em circunstâncias difíceis, quando lhe foi atribuído um mandato colossal, é continuar", afirma o chefe do Governo britânico, que enfrenta mais uma crise política. Vinte e uma demissões em 24 horas no Governo britânico.

A+ / A-

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, garantiu esta quarta-feira que não pretende apresentar a demissão apesar da debandada no seu Governo.

“O trabalho de um primeiro-ministro em circunstâncias difíceis, quando lhe foi atribuído um mandato colossal, é continuar e é isso que eu vou continuar a fazer”, declarou Boris Johnson, na Câmara dos Comuns.

Enquanto o primeiro-ministro prestava esclarecimentos aos deputados, demitiu-se mais um ministro do seu Governo: o responsável pela pasta da Habitação, Stuart Andrew.

“Há uma altura em que tens que olhar para a tua integridade pessoal e esse momento chegou agora”, declarou o ministro da Habitação.

Stuart Andrew é o último nome de uma lista de 21 demissões, entre ministros e secretários de Estado, nas últimas 24 horas.

A nova crise política foi desencadeada depois de Boris Johnson pedir desculpa por nomear o conservador Chris Pincher, apesar de saber que o deputado era suspeito de assédio sexual.

As primeiras demissões dos ministros das Finanças e da Saúde aconteceram logo na terça-feira. ´Na hora da saída, Rishi Sunak e Sajid Javid deixaram claro que perderam a confiança no primeiro-ministro.

Depois do Partygate, o caso Pincher

Chris Pincher era, até esta semana, deputado e vice-presidente da bancada conservadora, até ter sido suspenso pelo partido por alegações de assédio sexual.

Pincher é acusado de apalpar dois homens num clube privado em Londres. Quando as acusações surgiram, Johnson garantiu que mantinha total confiança nele, mas viria a saber-se mais tarde que já tinha recebido outra queixa contra o deputado em 2019.

Boris diz que não se lembrava dessa instância e assumiu que foi "um erro" não agir na altura. Contudo, continua a rejeitar os pedidos para abandonar o cargo.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+