“A mulher não pode ser tratada como o primeiro material de descarte”, denuncia Francisco, numa mensagem-vídeo hoje divulgada pela Rede Mundial de Oração, com a intenção de oração para este mês de abril. O Papa refere que “há países onde as mulheres estão proibidas de conseguir ajuda para organizar um negócio ou ir à escola” e que, nesses lugares, “se toleram leis que as obrigam a vestir-se de determinada maneira.

O Papa lamenta que, em muitos países, ainda se use a mutilação genital e pede, com firmeza: “Não neguemos a voz às mulheres. Não neguemos a voz a todas essas mulheres vítimas de abuso. São exploradas, são marginalizadas”.

Francisco salienta a contradição de, “nas palavras”, estarmos todos de acordo que o homem e a mulher têm a mesma dignidade enquanto pessoas, “mas, na prática, isso não acontece”.

Nesta Mensagem, enviada pelo Vaticano em várias línguas, o Papa apela aos governos para que se comprometam a eliminar leis discriminatórias nos diversos ambientes e a trabalhar pela garantia dos direitos humanos das mulheres. “Respeitemos as mulheres. Respeitemo-las na sua dignidade, nos seus direitos fundamentais”. E adverte: “se não o fizermos, a nossa sociedade não avançará”.