D. José Cordeiro dirige a sua mensagem de Natal aos cristãos em português, mirandês e em língua gestual. Começa por afirmar que “diante do presépio podemos dizer que a fé nasce do amor, ou melhor, da capacidade de um olhar novo que nasce por sermos muito amados e perdoados em Deus”.

“Tudo canta e grita de alegria: «glória a Deus nas alturas e paz na terra entre os homens de boa vontade» (Lc 2, 14)”, escreve o prelado, explicando que “com Maria e José tocamos o Essencial numa Igreja sinodal e samaritana, como demanda o poeta A. Silesius: «Homem, sê essencial»”.

Segundo D. José Cordeiro, “o Natal é um mistério de pobreza, simplicidade e esperança. Por isso, não é difícil de compreender para quem tem um coração que vê”.

“Uma vida sem gratidão é uma vida triste, que ignora a beleza do dom. A nós foi-nos dada a graça de dizer obrigado, de voltar a descobrir a alegria do Evangelho, que torna a vida mais leve com gestos de proximidade, compaixão e ternura para ultrapassar as tensões mais duras e abrir as portas da cultura do encontro e da fraternidade universal”, escreve o prelado.


O administrador diocesano de Bragança-Miranda e arcebispo eleito de Braga termina a sua mensagem natalícia citando o arcebispo São Bartolomeu dos Mártires: «o sol que nasceu ... veio aquentar a frieza do nosso coração», concluindo que “Jesus, fazendo-se um de nós, ama-nos com um coração de carne!”.

D. José Cordeiro, de 54 anos de idade, assume a Arquidiocese de Braga no dia 13 de fevereiro, como novo arcebispo de Braga e primaz das Espanhas, sucedendo a D. Jorge Ortiga.

O prelado preside à Comissão Episcopal da Liturgia e Espiritualidade da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), é vogal do Conselho Permanente, delegado da CEP aos Congressos Eucarísticos Internacionais; desde 2016, é membro da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, da Santa Sé.