O bispo do Funchal, D. Nuno Brás, envia os "melhores votos" a D. Tolentino Mendonça, escolhido pelo Papa Francisco para ser ordenado cardeal, no próximo dia 5 de outubro.

D. Nuno Brás mostrou orgulho no percurso de D. Tolentino, "um filho da diocese" que dirige.

"Não podemos também deixar de nos sentir honrados pela escolha do Santo Padre Francisco", escreveu D. Nuno Brás, num comunicado enviado às redações. "Com efeito, trata-se de um filho da nossa diocese, que aqui deu os primeiros passos na vida cristã, aqui foi ordenado sacerdote e que agora se vê chamado a um dos serviços mais importantes da Igreja: o do aconselhamento próximo do Papa e da eleição dos seus sucessores".

O bispo da cidade madeirense deixa ainda uma mensagem aos membros da diocese. "Esta escolha do Papa Francisco não pode deixar de ser também para os cristãos de toda a diocese um convite a viver com mais entusiasmo e seriedade a sua vida de fé".

D. Tolentino de Mendonça será um dos mais novos cardeais a integrar o colégio cardinalício, sendo o mais jovem logo após D. Dieudonné Nzapalainga, cardeal da República Centro-Africana, de 52 anos.

Pela primeira vez na história, Portugal passa a ter cinco cardeais: três eleitores, D. Manuel Clemente, D. António Marto e D. José Tolentino; e dois eméritos, D. José Saraiva Martins e D. Manuel Monteiro de Castro.

D. Tolentino é "referência maior da nossa Região"

O representante da República para a Região Autónoma da Madeira, Irineu Cabral Barreto, congratulou-se hoje com a nomeação de Tolentino de Mendonça como cardeal, destacando a “profundidade da sua religiosidade”.

“Esta nomeação permite sublinhar a singularidade do Senhor Dom José Tolentino Mendonça, referência maior da nossa Região, a profundidade da sua religiosidade, cultura e pensamento, tocando a todos com as suas mensagens vibrantes de sentido humanista”, refere o juiz conselheiro, numa curta nota enviada à agência Lusa.

Irineu Cabral Barreto termina a missiva desejando a Tolentino de Mendonça, nascido em Machico, “sucesso na sua missão, tão essencial nos tempos desafiantes” em que se vive.