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A saída de Portugal da NATO é uma obrigação constitucional, defende o candidato presidencial Edgar Silva em entrevista à Renascença.

O candidato apoiado pelo PCP aponta aqueles que considera ser os deveres de respeito à Constituição que são contrários à presença de Portugal na NATO e ao respeito pelas regras do tratado orçamental.

“Não tenho a menor dúvida de que quando a Constituição diz que Portugal não integra blocos político-militares, sendo a NATO um bloco político-militar, estamos em clara e grosseira violação da Constituição da República Portuguesa.”

Questionado se vai propor que Portugal saia da NATO, Edgar Silva responde que “tudo” fará para “defender a Constituição” e sublinha: “Os deveres de Portugal decorrentes da Constituição têm que prevalecer”.

"Morre-se numa urgência devido a políticas de terrorismo social"

Nesta entrevista à Renascença, o candidato de 53 anos defende também que Portugal não deve ter como prioridade o cumprimento das metas do défice, mas sim defender a população e o Estado social.

Dá o exemplo de França, que recentemente avisou que não vai cumprir as metas do défice para afectar recursos ao combate à ameaça terrorista.

Edgar Silva diz mesmo que os portugueses não são menos do que os franceses que foram mortos nos atentados de Paris. “As nossas vidas ou os que morrem nas nossas urgências hospitalares, são vidas que valem menos do que as vítimas do terrorismo em França”, pergunta.

O candidato conclui que “morre-se numa urgência porque ao longo de anos cometeram-se políticas de terrorismo social” para cumprir uma meta do défice.

Edgar Silva garante que vai mesmo a votos e manifesta esperança de que as presidenciais de 24 de Janeiro venham a dar origem a uma segunda volta.