O líder do PSD acredita que “o nível de escalões que hoje existe – portanto, o nível de progressividade que existe – no IRS é adequado” e que não há razão para mexer naquilo que o seu Governo fez.

“Se o Governo entende que há condições para aliviar a carga fiscal, que o faça sobre os escalões que existem. Vale a pena estarmos a aumentar os escalões? Este ano aumentamos um, para o ano aumentamos outro. Qual o sentido disto? Isto configura alguma coisa estrutural para futuro? Não”, defendeu Passos Coelho no domingo, em Ribeira de Pena, Vila Real.

“Isto é uma maneira de o Governo dizer: ‘às pessoas que ganham entre tanto e tanto, este ano vamos cobrar um bocadinho menos’. É fazer propaganda, é fazer populismo”, acrescentou.

Na festa de Verão do PS, no sábado, o primeiro-ministro reafirmou a intenção de mexer na progressividade do imposto. Mas o líder do PSD defende que a redução do número de escalões de 10 para 5, feita pelo seu executivo, é suficiente.

Na mesma ocasião, Pedro Passos Coelho afirmou ainda que nem uma tragédia como a de Pedrógão Grande deu sentido de Estado a António Costa e acusou o primeiro-ministro de tentar esconder o fracasso da governação atacando quem o denuncia.