A provedora exonerada da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa nega, de forma categórica, as acusações feitas na última noite, na RTP, pela ministra do Trabalho e de Segurança Social.

Maria do Rosário Ramalho acusou Ana Jorge de ter retirado benefício próprio, enquanto provedora.

"Nego profundamente essa declaração e é preciso justificar qual é o benefício próprio”, responde Ana Jorge, em declarações à Renascença, as primeiras desde que foi exonerada.

Ana Jorge lembra que 2023 “foi um ano muito duro”, que tudo fez para “a Santa Casa continuasse a ser a Santa Casa, a bem das pessoas que tem apoiado”.

Foi um período de “grandes reorganizações internas”, em que a preocupação foi “encontrar soluções para os trabalhadores, melhorando principalmente aqueles que têm ordenados mais baixos”.

Já sobre as acusações de inação para corrigir a situação financeira da Santa Casa, a provedora demitida manifesta perplexidade: “penso que, em 12 dias [em funções no Governo], a senhora ministra dificilmente terá a informação toda sobre toda a atividade da Santa Casa”, remata.

Esta terça-feira, em declarações à RTP, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social acusou Ana Jorge de "total inação", a administração de se beneficiar a si própria e rejeitou a ideia de "saneamento político" na exoneração.