Os quarenta produtos abrangidos pelo IVA zero nunca estiveram tão baratos desde que a medida entrou em vigor, a 18 de abril deste ano. Segundo os dados semanais da DECO Proteste, o cabaz de 41 alimentos essenciais custa esta semana 125,27 euros, quando, nesse dia de abril, custava quase 139. Esta é uma queda de cerca de 10%.

Desde a semana anterior, verificou-se uma descida de 2.47 euros no preço deste cabaz.

Nos produtos específicos, foram o tomate chucha, os brócolos e a cenoura que mais aumentaram no espaço de uma semana. Já desde abril, foram a laranja, a maçã golden e também os crócolos que mais aumentaram. Este legume custa agora 44% mais do que há cinco meses.

Nas categorias de produtos, também há descidas transversais, mas as que mais evidentes são as do peixe, dos congelados e dos produtos de mercearia. Segundo a DECO, os preços da peixaria tiveram, no geral, uma queda de 22.72% desde 17 de abril. Depois, os congelados estão quase 14% mais baratos, seguidos dos produtos de mercearia que custou, hoje, 10.67% menos do que há cinco meses.

Este cabaz considera várias categorias de produtos, como carne, congelados, frutas e legumes, laticínios, mercearia e peixe.

A DECO também faz o levantamento do preço de um cabaz de bens essenciais mais alargado, que também inclui produtos não abrangidos pela medida do IVA zero. Também neste conjunto de alimentos, houve uma queda do preço e apenaspor quatro cêntimos ele não era o mais barato do ano. Esta semana, o cabaz geral da DECO custa 209.86 euros, pouco acima do mais barato do ano que, a 16 de agosto, custou 209.82 euros.

Esta análise da DECO é mais alargada, não só nos produtos mas também no tempo. Por isso, é possível ver que, no geral, os alimentos continuam mais caros do que em janeiro de 2022, quando começa a monitorização destes dados e o cabaz custava 187.70 euros.

Já desde 23 de fevereiro de 2022, quando começou a guerra da Ucrânia e a análise do aumento dos preços por categoria, o cabaz aumentou 14.29%, sendo que os maiores aumentos se verificaram nos produtos de mercearia (22.84%), na carne (19.69%) e nas frutas e legumes (12.78%).

António Costa confirmou esta quarta-feira o prolongamento do IVA zero até ao final do ano, que já tinha sido anunciado em julho.