O problema que impediu o navio "MRP Mondego" da Marinha de realizar uma missão deveu-se a "baixos níveis de combustível", revela a Marinha, em comunicado enviado esta segunda-feira à Renascença.

"O navio encontra-se operacional e a causa da paragem súbita de quatro motores diesel, dois geradores elétricos e dois propulsores, resultou de baixos níveis de combustível no tanque de serviço que alimenta os respetivos motores e geradores", explica a Armada.

Após a reposição de combustível no tanque de serviço os dois geradores e os dois propulsores arrancaram sem problemas, sublinha o comunicado.

"O navio está recuperado e já navegou hoje. Estão em curso averiguações para apurar o que falhou na resposta ao mecanismo de alerta de nível baixo de combustível no tanque de serviço e reposição deste por trasfega de um dos nove tanques de reserva existentes a bordo."

Na noite de 27 de março, a cerca de oito quilómetros a sul do Porto do Funchal, em direção às Selvagens, o NRP “Mondego” perdeu subitamente os dois geradores elétricos e os dois motores de propulsão.

"O navio esteve sempre seguro, tendo sido chamados dois rebocadores que o rebocaram, sem incidentes, para o Porto do Caniçal", garante a Marinha.

O gabinete do almirante Gouveia e Melo adianta que "o tempo que mediou a reposição do navio ao serviço deveu-se à necessidade de recolher evidências sobre as causas do incidente e registar o estado da plataforma".

"Este processo envolveu, desde logo, a necessidade de testar a qualidade de combustível de todos os tanques a fim de excluir a paragem destes por motivos de degradação do mesmo, o que levou o navio a estar inativo, sem geradores elétricos, dois dias. Neste período o Mondego foi apoiado pelo NRP “Setúbal” atracado no mesmo cais", conclui.