A Procuradoria-Geral da República (PGR) abriu um inquérito aos incidentes em que o presidente do Parlamento, Ferro Rodrigues, foi insultado por um grupo de negacionistas, no sábado, em Lisboa.

Em resposta a uma pergunta da Lusa, a PGR confirmou esta segunda-feira a “instauração de inquérito que teve origem na participação dos factos por parte da PSP”, e que será da responsabilidade do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.

Em causa estão factos ocorridos no sábado, quando um grupo de manifestantes cercou o restaurante onde o presidente da Assembleia da República estava a almoçar com a mulher e dirigiu-lhe vários insultos.

Segundo um vídeo partilhado nas redes sociais, Ferro Rodrigues estava a almoçar com a mulher, enquanto dezenas de manifestantes o insultavam, apelidando o presidente da Assembleia da República, segunda figura mais alta do Estado, de "assassino" e "ordinário".

Os insultos continuaram quando Ferro Rodrigues e a mulher saíram do restaurante e se dirigiam para o carro, acompanhados do corpo de segurança pessoal do presidente a Assembleia da República.

Uma das manifestantes, de megafone em punho, ameaçou ainda o restaurante onde o casal se encontrava, prometendo que "nunca mais nenhum cliente deste restaurante vai ter paz".

Os insultos foram feitos por uma dezena de negacionistas da Covid-19 que no sábado protestaram em frente ao parlamento com o lema "Pelas nossas crianças - Rumo à Liberdade".

[notícia atualizada às 19h37]