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PSP apresenta queixa contra juiz negacionista Rui Fonseca e Castro

08 set, 2021 - 13:20 • Redação

Rui Fonseca e Castro desafiou polícias durante manifestação. "Não me toque e ponha-se no seu lugar. Eu sou uma autoridade judiciária e o senhor está abaixo de mim", disse a um agente da PSP.

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A Polícia de Segurança Pública (PSP) vai apresentar uma queixa contra o juiz negacionista Rui Fonseca e Castro, após um incidente com agentes registado na terça-feira, e multar as pessoas que não cumpriram as regras sanitárias durante uma manifestação de apoio ao magistrado.

"Devido aos comportamentos do Sr. Juiz Rui Fonseca e Castro (amplamente difundidos pelos Órgãos de Comunicação Social), aquando da sua interação com os Polícias que ali se encontravam de serviço, a cumprir a sua missão, a PSP participará, ainda hoje, às entidades judiciárias competentes os factos ocorridos", avança a direção nacional da PSP, em comunicado.

A PSP considera que os "comportamentos verificados tiveram o aparente objetivo de provocar os Polícias em serviço, que, no entanto, mantiveram uma postura profissional, calma e serena, própria de quem está ciente da sua missão, o que se salienta e enaltece".

A direção nacional refere que o Rui Fonseca e Castro se encontra suspenso de funções por decisão do Conselho Superior de Magistratura e como tal temporariamente privado das suas competências enquanto magistrado judicial.

A direção nacional da PSP refere, no comunicado, que "durante a manifestação e a interação com os Polícias, verificou-se o incumprimento das regras em vigor para a prevenção da disseminação da pandemia que ainda nos atinge, pelo que a PSP adotará as diligências necessárias para a identificação dos infratores, a fim de proceder ao levantamento dos respetivos autos por contraordenação".

PSP apela a todos os cidadãos, "independente das suas convicções", que respeitem as restrições em vigor, destinadas a combater a pandemia que ainda nos assola e que "cumpram as ordens legais e legítimas dos Polícias".

Juízes repudiam comportamento de Fonseca e Castro

O incidente entre o juiz negacionista e a Polícia aconteceu na terça-feira, à entrada de uma audiência no Conselho Superior de Magistratura, em Lisboa, onde estava a decorrer uma manifestação de apoio a Rui Fonseca e Castro.

"Não me toque e ponha-se no seu lugar. Eu sou uma autoridade judiciária e o senhor está abaixo de mim", disse Rui Fonseca e Castro a um agente.

A Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP) também já criticou o comportamento do magistrado perante as forças de segurança.

“A ASJP estranha e repudia o comportamento de desafio ostensivo e gratuito às forças de autoridade adotado, à porta do CSM, por um juiz visado num processo disciplinar”, refere a associação, em comunicado.

“Tal comportamento não se adequa aos princípios afirmados no Compromisso Ético dos Juízes Portugueses nem contribui para a confiança dos cidadãos na Justiça“, sublinha a Associação Sindical dos Juízes Portugueses.

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  • NILSON A ASSIS
    10 set, 2021 ESMORIZ 00:39
    Já vi esse filme no Brasil; chamam um presidente de negacionista mas foi uma das nações que mais foi vacinada no mundo e ainda que teve mais pessoas curadas. o chamam de racista e o melhor amigo dele e um negro e o sogro tambem, chamam de nazista e o primeiro pais que ele fez aliança foi Israel e os USA que apoia Israel. O mundo está realmente louco. O Bill que projetou essa pandemia aliado com uma certa nação ninguem diz a respeito.
  • Juiz
    09 set, 2021 Milão 11:38
    Um juiz tem poder, legitimidade e legalidade para dar ordens diretas à polícia, que tem obrigação e dever de obediência a essa ordem, mesmo que contrarie ordem de superior hierárquico. A hierarquia judicial, a quem a polícia deve obediência, sobrepõe-se ao dever de obediência à hierarquia que é, em última instância, um cargo político de nomeação do ministro da administração interna. O poder judicial é um poder da República, representado pelo juiz, tem primazia sobre o governo que não é um poder da República. O governo e o ministro são meros órgãos de soberania na dependência da Assembleia da República.
  • José Fontoura
    09 set, 2021 Lisboa 09:50
    Meus amigos o que mina a confiança na justiça é soltarem pedófilos, corruptos, ladrões, traidores da pátria etc. Estes asquerosos mantiveram décadas como seus pares vários juízes corruptos, um caso particular o Rangel que toda a gente sabia que vendia sentenças e que o fez descaradamente durante décadas, os outros que já foram apanhados no tribunal da relação. Agora os meios pulhas de comunicação atirarem-se como gato ao bofe a alguém que está a defender os direitos do portugueses é nojento!
  • Ivo Pestana
    08 set, 2021 Funchal 19:02
    Mas com a nossa Justiça, vale pela intenção. Eu se apontasse o de do a um agente e o confrontasse, questionando sobre o seu serviço, estava feito ao bife. Quo vadis Portugal.
  • Ivo Pestana
    08 set, 2021 Funchal 18:34
    Aleluia! Os desequilíbrios curam-se.
  • Maria
    08 set, 2021 Palmela 14:15
    Os policias nao estao ofendidos ! Os ofendidos e quem manda nas policias" azar!

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