A plataforma basededadossocial.pt foi pensada para preencher uma lacuna em Portugal, porque não existe uma base de dados nacional atualizada do Setor Social, e foi construída para vários públicos.

“Tanto para as organizações que conseguem ter um repositório de toda a sua informação e conseguem ter essa informação de uma forma organizada visualmente de uma forma apelativa, como para diferentes públicos", explica Bruna Riboldi, gestora do projeto.

"Por exemplo, pode ser utilizada por potenciais beneficiários, ou pelas famílias, que conseguem localizar, seja por busca geográfica ou por filtros específicos, organizações que estejam alinhadas com as suas necessidades”, acrescenta esta responsável, que junta outros eventuais interessados, como voluntários, financiadores, investigadores e agências governamentais.

A Base de Dados inclui Associações, Cooperativas e Misericórdias, mas também empresas com foco no impacto social. “Por exemplo, uma organização que crie uma empresa para fazer a venda de produtos ou de bens, e esse retorno é reinvestido na própria organização social”, detalha, explicando que este é um dos critérios para constar da plataforma, uma vez que não há ainda definição legal para este tipo de empresas, em Portugal.

A Base de Dados foi lançada com a informação disponível em fontes públicas e, agora, cada organização pode atualizar os seus dados.

Para isso, tem de “aceder ao site, ou seja, na barra de endereço colocar basededadossocial.pt., vai ao menu à pagina de LOG IN, é necessário criar um utilizador, ou seja, criar uma conta, depois vai receber um email de confirmação, como é de praxe neste tipo de plataforma, e ao ativar o utilizador, já é possível fazer a inserção de organizações sociais.”

A Base de Dados Social tem seis áreas: identificação, governança, atividade, impacto, finanças e recursos humanos. Vai incluir dados como a identificação da Organização, morada e contatos, estatuto legal (IPSS ou ONG, por exemplo), número de colaboradores, fontes de receitas, público-alvo, etc.

A plataforma começou com cerca de 450 organizações e, nesta altura, tem 554. A ideia é chegar a muitas mais, admite a gestora do projeto: “considerando a última conta satélite do INE, estamos aí para 71 mil e 800, quase 72 mil. Há muito espaço para crescer”.

O primeiro passo foi dado e “há muito trabalho pela frente, para que a plataforma ganhe vida na mão das Organizações”, sublinha Bruna Riboldi.