Espanha vai estudar o "pedido legítimo" de meios aéreos para a guerra feito pela Ucrânia, afirmou esta sexta-feira o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez, salientando que tudo será feito em coordenação com outros países aliados dentro e fora da União Europeia.

Sánchez disse que Espanha vai estudar o pedido de aviões militares por parte da Ucrânia, mas não há ainda uma decisão tomada "porque isso tem de fazer-se no âmbito europeu e dos aliados".

"A partir daí, evidentemente, e conforme as nossas capacidades militares, fornecemos ajuda", afirmou em entrevistas a meios de comunicação social espanhóis divulgadas hoje, dia em que se assinala o primeiro ano de guerra na Ucrânia, iniciada com um ataque da Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

"Na Europa e em Espanha, como presidente do Governo, somos claros: temos de estar ao lado de quem, neste momento, está a sofrer esta agressão", afirmou Sánchez, que insistiu em que a Ucrânia "não está a atacar ninguém, está a defender-se de uma agressão, e entre um agredido e um agressor, evidentemente, não há equidistância".

O primeiro-ministro espanhol esteve na quinta-feira em Kiev, onde confirmou, perante o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que Espanha enviará seis tanques Leopard 2 para a Ucrânia e poderá aumentar a ajuda para dez unidades.

Sánchez disse que a intenção do Governo espanhol é "aumentar o número de tanques que a Espanha vai entregar à Ucrânia de seis para 10 nas próximas semanas e meses".

Além de confirmar o envio dos tanques, recordou também que Espanha irá treinar soldados ucranianos na operação destes veículos de guerra.

A visita de quinta-feira foi a segunda visita de Sánchez a Kiev desde que a Rússia começou a guerra contra a Ucrânia.

Sánchez prometeu a Zelensky apoiar as aspirações europeias da Ucrânia durante a próxima presidência espanhola do Conselho da União Europeia (UE), no segundo semestre deste ano, e salientou também a necessidade de unidade na UE para continuar com as sanções contra a Rússia e para apoiar a Ucrânia financeira e economicamente.

O primeiro-ministro espanhol disse ainda que Madrid está a trabalhar com Kiev e a comunidade internacional para assegurar que os crimes que os russos tenham cometido durante a guerra não fiquem impunes.