24 fev, 2023 - 08:39 • Lusa
O presidente da Assembleia da República manifestou esta sexta-feira o apoio à "justa luta" da Ucrânia pela sua soberania e condenou a invasão russa, que classificou de "ilegítima, intolerável e inaceitável".
"Que seja claro para todos: nos condenamos o agressor e apoiamos aquele que se defende. Nós apoiamos a Ucrânia", frisou Augusto Santos Silva numa mensagem em vídeo colocada na sua conta oficial no Twitter no dia em que se completa um ano sobre a invasão russa.
Santos Silva destacou as várias iniciativas de solidariedade com a Ucrânia que o parlamento está a realizar, como um debate temático, que irá abrir cercas das 10:00, a iluminação da fachada principal da Assembleia da República com as cores azul e amarelo da bandeira ucraniana e um minuto de silêncio em memória dos mortos na guerra que começou há um ano.
O presidente do parlamento classificou a invasão russa como uma "violação manifesta, flagrante, do direito internacional e da Carta das Nações Unidas", lembrando que Portugal condenou a agressão "na primeira hora".
"E assim temos continuado, a apoiar os ucranianos, a acolher os refugiados da Ucrânia, a condenar os agressores e a materializar o nosso apoio político, civil, diplomático, mas também militar, na sua justa luta pela independência, soberania e integridade territorial", salientou.
Augusto Santos Silva antecipou ainda a aprovação pelos deputados de um voto de solidariedade no final da sessão plenária desta sexta-feira.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, pelo menos 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.199 civis mortos e 11.756 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.