Os candidatos à sucessão de Liz Truss como primeira-ministra do Reino Unido vão precisar do apoio de pelo menos 100 deputados do Partido Conservador na eleição interna para escolher um novo líder.

"Estabelecemos um patamar alto, mas é um patamar que pode ser alcançado por qualquer candidato sério que tenha probabilidades realísticas de passar", disse esta quinta-feira Graham Brady, o presidente do chamado Comité 1922, conselho dos deputados Conservadores que organiza as eleições internas.

O novo patamar, que subiu dos 20 apoios exigidos na ronda inicial da votação anterior, significa que no máximo participarão três candidatos entre os 357 membros do grupo parlamentar.

O prazo para apresentar candidaturas fecha às 14h00 de segunda-feira, não tendo até agora sido feito qualquer anúncio oficial de potenciais interessados.

Se existirem dois finalistas, os militantes serão chamados a escolher num voto eletrónico, devendo o processo ser concluído até sexta-feira, 28 de outubro, acrescentou o presidente do partido, Jake Berry.

A primeira-ministra britânica, Liz Truss, anunciou hoje a demissão numa declaração à porta da residência oficial de Downing Street, em Londres, perante um crescente descontentamento com o Governo.

"Reconheço que, dada a situação, não posso cumprir o mandato para o qual fui eleita pelo Partido Conservador. Por conseguinte, falei com Sua Majestade o Rei para o notificar de que me demito como líder do Partido Conservador", disse.

Truss mantém-se em funções como primeira-ministra até ser escolhido um sucessor na liderança do Partido, que será indigitado pelo Rei Carlos III chefe do Governo pois os Conservadores mantêm uma maioria absoluta no Parlamento.