Pelo menos 37 pessoas morreram no naufrágio do cruzador russo Moskva no Mar Negro, na semana passada, segundo o portal independente russo Meduza, que cita fontes não identificadas.

A bordo do navio - que de acordo com fontes militares ucranianas naufragou, na semana passada, após ter sido atingido por dois mísseis "Neptune" - estavam cerca de 500 pessoas e destas uma centena ficou ferida, não sendo conhecido o número de desaparecidos.

O portal Meduza cita como fonte "uma pessoa no comando" da Marinha no Mar Negro.

Horas antes do naufrágio, Kiev tinha relatado várias explosões no navio russo, causadas pelo impacto dos mísseis ucranianos.

Segundo o Ministério da Defesa russo, o navio de guerra sofreu "um intenso incêndio e subsequente detonação de munição" e, embora "tenha sofrido sérios danos", a tripulação foi retirada.

Houve uma tentativa de rebocar o cruzador, um símbolo da Marinha russa, para um porto seguro e Moscovo confirmou posteriormente o naufrágio, atribuído a "circunstâncias" relacionadas com uma tempestade.

Por seu lado, o jornal alemão "Frankfurter Allgemeine Zeitung" (FAZ) indica na sua edição de hoje, com base em fontes russas não identificadas, que havia recrutas a bordo do Moskva, contrariando as versões oficiais do Kremlin.

As fontes também negaram que a tripulação do Moskva tenha sido resgatada na sua totalidade.

"É uma mentira, uma mentira vulgar e cínica", escreveu Dimitri Schkrebes na rede social russa VK [originalmente VKontakte], referindo-se à versão oficial do Kremlin.

Segundo o FAZ, o filho mais velho de Schkrebes, Jegor, foi recrutado no final do ano passado em Ialta para cumprir o serviço militar a bordo do Moskva, onde trabalhava como cozinheiro.