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A comunidade científica mostra-se preocupada com o surgimento de uma nova variante da Covid-19 com um número “extremamente alto” de mutações, que podem não ser cobertas pelas vacinas atualmente existentes.

Apesar de registar, para já, um número reduzido de infeções, a variante B.1.1.529, um desdobramento de uma variante antiga chamada B.1.1, apresenta 32 mutações, o dobro das 16 identificadas na variante Delta e foi detetada na África do Sul, no Botswana e em Hong Kong.

Até agora, apenas 10 casos da variante foram identificados através do sequenciamento genómico mas os cientistas dizem que pode haver mais casos ainda por identificar.

Embora a amostra seja reduzida, o caso de Hong Kong, ‘exportado’ da África do Sul, alimenta as preocupações de que mais infeções se tenham espalhado.

A nova variante foi identificada esta terça-feira por Tom Peacock, virologista do Imperial College London.

As 32 mutações da variante são descritas como “extremamente altas”.

A variante Delta, agora dominante em todo o mundo, tem 16 mutações identificadas.

Por agora, os especialistas dizem ser prematuro perceber se esta variante B.1.1.529 será mais transmissível ou mais mortal, daí que Peacock sublinhe que a situação deve ser “muito bem monitorizada”.