Macau lançou uma aplicação móvel de rastreio de percurso individual da população para sinalizar riscos associados à Covid-19, cujo uso é para já voluntário.

No mesmo dia, a Direção dos Serviço para os Assuntos de Tráfego anunciou um plano de registo e identificação dos passageiros dos autocarros. Aqueles que não procedam ao registo até 11 de dezembro vão perder benefícios nas tarifas. E, na ausência de identificação, “as autoridades irão requerer” o registo, findo esse prazo.

A aplicação móvel entrou a partir de hoje num período experimental e vai ser testada em grandes eventos como o Grande Prémio de Macau e no Festival da Gastronomia, sendo posterior e gradualmente expandida a estabelecimentos comerciais para criação de uma “lista negra, de alto risco”, se forem detetados casos.

Com a aplicação será possível fazer um ‘scan’ a um código QR dos locais frequentados. Para já, os dados serão apenas guardados nos telemóveis dos utilizadores, durante 28 dias. A partilha dos dados com os Serviços de Saúde do território fica dependente da autorização do utilizador.

“No futuro vamos exigir que façam ‘scan’ nos estabelecimentos”, admitiram as autoridades, em resposta aos jornalistas, durante a conferência de imprensa de hoje. Mas, para já, é voluntária, acrescentaram.

Macau registou apenas 77 casos desde o início da pandemia. As autoridades já realizaram três testes em massa à população, entre agosto e outubro, sem que tenham sido detetados mais casos.

Nenhum profissional de saúde foi infetado e Macau não registou qualquer morte.

À exceção da China continental, o território continua a manter fortes restrições fronteiriças e exige quarentenas à entrada de Macau que podem durar 35 dias.

A Covid-19 provocou pelo menos 5.113.287 mortes em todo o mundo, entre mais de 254,29 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência de notícias France-Presse.