Veja também:


A Agência Europeia do Medicamento (EMA em inglês) recebeu, esta terça-feira, um pedido de aprovação condicional da vacina para a Covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford.

De acordo com a agência Reuters, o processo de autorização, por parte do regulador europeu, será feito de forma acelerada.

A agência avança que o parecer sobre a introdução no mercado pode ser conhecido até dia 29 deste mês, durante a reunião do comité científico, "desde que os dados apresentados sobre a qualidade, segurança e eficácia da vacina sejam suficientemente sólidos e completos e que qualquer informação adicional necessária para completar a avaliação seja prontamente enviada", esclarece em comunicado oficial.

A ser autorizada, será a terceira vacina a ser comercializada na Europa e Portugal poderá receber até 1,4 milhões de doses até março.

Portugal celebrou seis contratos com farmacêuticas mundiais, sendo que o país irá receber 6,9 milhões de doses da vacina da Astrazeneca, 4,5 milhões da Pfizer e 1,8 milhões da Moderna, segundo o presidente do Infarmed, Rui Ivo.

Uma análise conjunta dos resultados preliminares da vacina da Universidade de Oxford e farmacêutica AstraZeneca confirmou, no início de dezembro, uma eficácia média de 70,4%, mas que pode ir até 90% se as doses forem variadas, de acordo com um artigo publicado na revista especializada Lancet.

O estudo foi o primeiro a ser publicado após a análise por outros cientistas [‘peer reviewed’] aos resultados preliminares, a partir de testes clínicos feitos com 11.636 voluntários no Reino Unido e no Brasil.

A análise conjunta aos resultados mostrou que a eficácia média da vacina, pelo menos 14 dias após a segunda dose, foi de 70,4%, tendo mostrado uma eficácia de 62,1% quando os voluntários receberam duas doses completas, e 90% quando receberam uma dose mais baixa seguida de uma dose completa.

Os ensaios clínicos da vacina AstraZeneca/Oxford decorreram no Reino Unido, Brasil e África do Sul.

O Reino Unido foi o primeiro país a aprovar a vacina, a 30 de dezembro, e o primeiro a administrá-la no início de 2021, a 4 de janeiro.

A vacina, desenvolvida pela AstraZeneca em conjunto com a Universidade de Oxford, tem características diferentes da concorrente Pfizer/BioNTech, desde logo pelo facto de não ser preciso o armazenamento a temperaturas negativas.

A pandemia provocou pelo menos 1.934.693 mortos resultantes de mais de 90,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo o último balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.