O diretor executivo da TikTok renunciou ao cargo, esta quinta-feira, no momento em que os Estados Unidos pressionam o proprietário chinês a vender a popular aplicação de vídeo, que a Casa Branca considera um risco para a segurança nacional.

Numa carta aos funcionários a que a CNN teve acesso, Kevin Mayer disse que sua decisão surge depois de o "contexto político ter mudado drasticamente".

“Como esperamos uma resolução para breve, é com enorme pena que anuncio a minha saída da empresa”, salientou o ex-executivo da Disney, que assumiu o cargo de diretor executivo da TikTok em maio.

A demissão acontece depois de o presidente dos Estados Unidos ter ordenado a proibição do TikTok, a menos que a proprietária Bytedance venda as suas operações nos Estados Unidos a uma empresa norte-americana, num prazo de 90 dias.

Donald Trump tem acusado, nos últimos meses, embora sem apresentar qualquer prova, a popular plataforma de partilha de vídeos de utilizar os dados dos utilizadores norte-americanos para beneficiar Pequim.

Os EUA aumentaram o escrutínio das empresas de tecnologia chinesas, justificando a ação com preocupações de que possam representar uma ameaça à segurança nacional.

Num cenário de elevadas tensões comerciais e políticas com a China, o inquilino da Casa Branca tomou medidas radicais contra a rede, que é muito popular entre os mais jovens.

A 6 de agosto, Trump proibiu o TikTok e o WeChat, rede social da chinesa Tencent, de efetuarem qualquer transação com parceiros norte-americanos durante 45 dias.

O gigante da informática norte-americano Microsoft está em negociação com o ByteDance para comprar a TikTok, pelo menos nos Estados Unidos.