O ensaísta Eduardo Lourenço usa a palavra “drama” para falar sobre a actual situação vivida na Catalunha.

Este domingo no “Fólio”, em Óbidos, onde participou numa das conferências de encerramento do festival literário, o pensador de 94 anos lamentou que o governo de Madrid não tenha encontrado uma outra solução.

Em declarações aos jornalistas, Eduardo Lourenço fala numa fragmentação virtual da Europa.

“No tempo do Franco isto não se passava desta forma porque a esta hora ele já tinha intervindo. O que estranho é que o presidente [do Governo] de Espanha não tenha feito um esforço no sentido de oferecer uma outra hipótese mais aceitável para um povo que tem uma cultura particular e que quer ser um povo à parte. O problema é que os catalães têm de pensar duas vezes se querem ser uma ilha ou pertencer a um espaço maior”, disse.

Sobre os efeitos da questão catalã na Europa, Eduardo Lourenço fala em fragmentação.

“Isto é o principio de uma fragmentação virtual. Espero que Itália não comece também”, acrescenta.

O ensaísta veio ao “Folio” falar sobre os 100 anos da revolução russa.

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