Em retaliação à destruição parcial de uma ponte que liga a Rússia à Crimeia, a Rússia lançou ondas sucessivas de mísseis e bombas sobre mais de uma dúzia de cidades na Ucrânia. Esses ataques a cidades, que se prolongaram por vários dias, fizeram numerosos mortos e feridos, incluindo crianças. Por exemplo, o centro de Kiev foi bombardeado, o que não acontecia desde Junho. Em Zaporijia foi destruído um edifício residencial de vários andares.

"O disparo de mísseis da Rússia em áreas civis da Ucrânia é inaceitável", escreveu no Twitter o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico. Mas bombardear civis, edifícios residenciais, maternidades, hospitais, escolas, teatros, etc. é uma prática dos invasores russos desde o princípio da “operação militar especial”.

As autoridades militares russas gabam-se da alegada precisão dos seus mísseis e dos seus bombardeamentos. Ou seja, os russos querem mesmo alvejar civis, homens, mulheres e crianças. É a lógica do terror. Incapazes de ganharem no confronto militar com os ucranianos – teoricamente muito menos poderosos – os russos pretendem desmoralizar a população da Ucrânia e levá-la à rendição.

Quando os militares ucranianos retomam posições de onde retiraram, ou fugiram, forças russas, encontram ali espetáculos tenebrosos – valas comuns cheias de cadáveres com sinais de tortura, populações em pânico, gabinetes de tortura, etc. São crimes de guerra sem conta.

A Rússia não tem conseguido desmoralizar os ucranianos, que lutam pela sua terra. O apoio dos Estados Unidos e da UE contribui para que os ucranianos não desanimem. É vital que esse apoio, incluindo o militar, não enfraqueça. Mas a capacidade de resistência dos ucranianos é notável. Merecem o agradecimento de todos os que valorizam a liberdade.