Quinta-feira pode ser o “dia D” da nova administração da Caixa Geral de Depósitos liderada por António Domingues. Está marcada para esse dia uma reunião do Conselho de Administração do banco público e um dos pontos da agenda será, inevitavelmente, a questão da obrigatoriedade de entregar a declaração de rendimentos e património no Tribunal Constitucional (TC).

Segundo o "Diário de Notícias", “todos os cenários” estão em cima da mesa. O jornal noticia que há administradores indisponíveis para apresentação da declaração de rendimentos, mas há outros que aceitam fazê-lo. Parece certo que uma renúncia por parte de António Domingues levará a uma demissão em bloco.

O Presidente da República afirmou no domingo ao "Público" que "o Tribunal Constitucional decidiu, está decidido", numa declaração lida como o reforço da pressão política sobre os administradores da Caixa.

No entanto, a notificação enviada pelo Tribunal Constitucional (TC) à administração da CGD não é tão peremptória. No prazo que o TC dá à administração para responder é solicitada a entrega das declarações ou, em alternativa, a contestação jurídica a essa decisão.

Na reunião que António Domingues marcou, segundo o DN, é muito provável que cada um dos administradores diga o que pretende fazer, tendo em conta a quase inevitabilidade de terem de entregar as declarações. O somatório dessas posições determinará a decisão final do líder.

Tópicos