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Administração da Caixa ameaça sair em bloco

11 nov, 2016 - 08:35

Seis dos administradores recusam-se a apresentar declarações de património e o presidente do banco estatal, António Domingues, diz que ou ficam todos ou não fica ninguém.

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Seis dos administradores da Caixa Geral de Depósitos não aceitam a divulgação da declaração de património, e por isso, a equipa ameaça demitir-se em bloco. O presidente do banco estatal, António Domingues, diz que ou ficam todos ou não fica ninguém.

A administração admite ficar se essas declarações forem mantidas em sigilo pelo Tribunal Constitucional, até ao final do mandato à frente na Caixa.

A notícia é avançada nesta sexta-feira pelo jornal “Público”. O jornal escreve ainda que esta posição já foi transmitida ao Governo e ao Presidente da República e que é “irredutível”.

O Tribunal Constitucional (TC) notificou, esta semana, os administradores para entregarem declarações. Com este procedimento assume que os novos administradores têm um dever de prestar contas sobre os seus rendimentos e património, tal como defendeu o Presidente da República, e ao contrário do que defenderam os serviços jurídicos da Caixa Geral de Depósitos.

Os administradores da Caixa têm um prazo de 30 dias, para cumprir o que lhes impõe o TC. Se não o fizerem, incorrem em declaração de perda de mandato, demissão ou destituição judicial.

A polémica da obrigatoriedade da entrega das declarações surgiu depois de comentador social-democrata Luís Marques Mendes ter denunciado que os novos administradores do banco público não têm de apresentar – ao contrário do que acontece com todos os gestores públicos – as suas declarações de rendimentos ao Tribunal Constitucional, de incompatibilidades e impedimentos à Procuradoria-Geral da República (PGR) e sobre participações em empresas à Inspecção Geral das Finanças (IGF).

"Ou isto é um lapso e tem de ser corrigido, ou isto é intencional e é gravíssimo", declarou, referindo-se ao decreto-lei que isenta os administradores da Caixa das regras do Estatuto do Gestor Público.

Passados dois dias, o Governo veio esclarecer que não se trata de um lapso. "A ideia é a CGD ser tratada como qualquer outro banco. Essa foi a razão para que fosse retirada do Estatuto do Gestor Público. Está sujeita a um conjunto de regras mais profundo, como estão todos os bancos”, sustentou o Ministério das Finanças.

A questão tem causado muita agitação política e vem trazer mais lenha para o lume já alto dos salários que os administradores vão auferir – nomeadamente, António Domingues, o novo presidente da Caixa, que vai receber 423 mil euros brutos por ano, ou seja, 30,2 mil euros por mês (pagos 14 vezes).

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  • É de pasmar
    18 nov, 2016 Avintes 08:40
    Estes lugares são para CONCURSO PÚBLICO. TUDO O MAIS SÃO AQUILO QUE TODOS SABEM.Com tantas sabedorias E GANHOS vamos ficar no pântano.
  • Augusto Saraiva
    12 nov, 2016 Genève 11:38
    Mas, afinal, o que é que estes senhores escondem?! E ninguém vê que deve ser coisa bem grave? Francamente, ao que chegou Portugal!...
  • Maria
    11 nov, 2016 Coimbra 21:41
    Que palhaçada!!! E com palhaços de fraca qualidade!!! Que ponham lá gestores da classe média, certamente que fazem melhor figura... e já têm mt experiência em gerir e até esticar o dinheiro...
  • Portugal
    11 nov, 2016 Portugal 20:58
    A ANA Aeroportos de Portugal, empresa controlada pelos franceses da Vinci, deve tornar público o número de passageiros do aeroporto do Porto, durante o mês de setembro. Estamos a meio de novembro. Por toda a Europa, essa informação já é do conhecimento público, com dados publicados na imprensa, há várias semanas. Em Portugal, isso é "segredo de estado".
  • António Carlos
    11 nov, 2016 Sintra 19:48
    Que saiam em bloco que o país AGRADECE
  • João Lopes
    11 nov, 2016 Viseu 17:51
    Senhores administradores: votos de boa saída, mas sem tropeçar, porque os hospitais não têm dinheiro para curar os doentes!
  • Nuno
    11 nov, 2016 V.N.Gaia 16:03
    Já repararam que a banca é um autentico cartel e dos mais poderosos, para não lhes chamar outra coisa! Basta ver que todos são accionistas uns dos outros.Todos os governos da esquerda à direita, incluído o BP e a Bolsa de valores, têm culpa no cartório, e não me venha agora dizer que ninguém tem nada a ver com isso, que é o mercado a funcionar,etc, etc. porque isso é conversa para boi dormir.Por fim , deviam chamar à`responsabilidade os responsáveis, mas esses continuam a viver à grande, põem-se de fora e os Portugueses que paguem a factura.Não haverá ninguém neste país que ponha estes autênticos sangue sugas no seu devido lugar, ou será que é preciso alguém vindo de qualquer lado o que faça, a bem do país e dos Portugueses?
  • Marco Almeida
    11 nov, 2016 Olhão 15:20
    Pois que saiam todos, só faz falta quem está, e ninguém mas ninguém é insubstituivel.
  • P/Rui lisboa
    11 nov, 2016 rqtp 14:42
    Das duas uma ou estás a ser irônico ou então mostras que realmente és mais um igual aos gajos que ganham fortunas. Bem uma coisa já mostraste é que és da direita, partido que apoia os ricos e encava mais nos mais pobres. Alías, percebe-se logo. Não querendo dizer que apoio partidos. Então não mostravas? Então julgas-te melhor que os outros? Se fosse eu a mandar neste país, tu mostravas e não bufavas idiota! Devias era ter vergonha e olhar à tua volta para aqueles que nem para comer se ganham. Vai mas é dar banho ao cão. O mal deste país é haver estes parasitas que ganham fortunas, enquanto que o povo vai passando fome, mas pior é haver os idiotas que os apoiam.
  • joana
    11 nov, 2016 lisboa 13:47
    ia comentar mas nem comento porque a culpa disto tudo e do salazar e da monarquia viva a republica das bananas

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