Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Poeta Luís Quintais é o vencedor do prémio literário Casino da Póvoa

19 fev, 2019 - 12:05 • Maria João Costa

O livro “A noite imóvel” foi escolhido pelo júri.

A+ / A-

Luís Quintais venceu o Prémio Literário Casino da Póvoa 2019. O livro “A Noite Imóvel” foi escolhido pelo júri do prémio, atribuído no âmbito da 20ª edição do Festival Correntes d’Escritas.

O prémio foi anunciado esta terça-feira durante o festival, que, até sábado, reúne 140 escritores na Póvoa de Varzim.

Nas palavras do júri – constituído pelo escritor Almeida Faria, as poetas Ana Paula Tavares e Maria Quintans, José António Gomes e a artistas plástica Marta Bernardes – a obra foi distinguida “pela qualidade de escrita, a coerência das propostas e a exemplaridade dos conceitos”.

A decisão foi tomada por maioria, diz a ata do júri.

Este ano, o prémio é atribuído à poesia. É sempre assim nos anos ímpares, porque em anos pares o galardão vai para a prosa, tal como aconteceu no ano passado, com o colombiano Juan Gabriel Vásquez.

Na lista de candidatos ao principal prémio das Correntes d’Escritas havia 45 livros, dos quais foram selecionados 12 finalistas. Além do vencedor “A Noite Imóvel” de Luís Quintais, eram finalistas “Bandolim” de Adília Lopes; “De Passagem” de José Alberto Oliveira; “Existência” de Gastão Cruz; “Nadas na piscina dos pequenos” de Golgona Anghel; “Não é Grave Ser Português” de João Rios; “Oblívio” de Daniel Jonas; “Rua antes do Céu” de José Luís Tavares; “Suite sem Vista” de Inês Fonseca Santos; “Tardio” de Rosa Oliveira; “Teoria da Fronteira” de José Tolentino Mendonça e “Tratado” de Luís Carmelo.

No passado, o prémio Literário Casino da Póvoa já foi atribuído a poetas como Armando Silva Carvalho, Fernando Echevarría, Hélia Correia, Pedro Tamen, Gastão Cruz, Ana Luísa Amaral e António Franco Alexandre.

Luís Quintais nasceu em Angola. Antropólogo de formação, é também poeta e ensaísta e é professor no Departamento de Antropologia da Universidade de Coimbra.

Enquanto poeta, tem publicado regularmente pela Assírio e Alvim. São da sua autoria títulos como “Duelo”, com que venceu o Prémio Pen Clube de Poesia e o Prémio Luís Miguel Nava – Poesia 2005. A coletânea da sua poesia “Arrancar Penas a Um Canto de Cisne” venceu o Grande Prémio de Poesia Teixeira de Pascoaes APE/Câmara Municipal de Amarante 2015-2016.

Outros prémios

Na cerimónia de abertura, que foi presidida por Marcelo Rebelo de Sousa, foram atribuídos outros prémios do festival:

  • o Prémio Literário Correntes d’Escritas Papelaria Locus 2019 foi entregue por unanimidade ao título “Renascer” de Cláudia Alexandra Salgado Fernandes que concorreu com o pseudónimo de Ema Norberto;
  • o Prémio Conto Infantil Ilustrado Correntes d’Escritas Porto Editora 2019 foi para a turma do 4 A da Escola Básica José Manuel Durão Barroso, de Armamar que concorreu com o conto “A Caixa”; em segundo lugar ficou a turma do 4D da Escola EB Padre Manuel de Castro, de São Mamede Infesta com o conto “Bingo e Mingo” e em terceiro o conto “A odisseia da Gotinha de Água” da Escola Básica Âncora.

Na cerimónia desta terça-feira de manhã, no Casino da Póvoa de Varzim, foi ainda anunciado o Prémio Literário Fundação Dr. Luís Rainha Correntes d’Escritas 201, atribuído por unanimidade a “Toda a Água que nos Une”, apresentado pelo pseudónimo Clara Monjardim.

O festival organizado pela autarquia da Póvoa decorre até sábado, tendo como epicentro da ação o Cine-Teatro Garrett por onde passarão 140 escritores em sessões que como habitual enchem a plateia.

Nesta que se anuncia como a maior edição de sempre serão lançados 45 novos livros. A comemorar a edição número 20, o festival de expressão ibérica já se tornou num dos momentos altos da atividade editorial.

Tópicos
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+