04 out, 2018 - 12:38
Fernando Santos manifestou, esta quinta-feira, total apoio e confiança em Cristiano Ronaldo, relativamente à acusação de violação a uma mulher norte-americana que pesa sobre o avançado português.
O capitão da seleção nacional não foi chamado para os jogos com Polónia e Escócia, mas foi o grande protagonista da conferência de imprensa de anúncio da convocatória. O selecionador nacional confirmou que a decisão foi tomada numa "conversa tripartida" entre CR7, presidente da FPF e selecionador nacional. "Concordámos que o jogador não estaria convocável hoje e na próxima chamada", explicou.
A norte-americana Kathryn Mayorga acusa Ronaldo de a ter violado, em 2009. No Facebook, o jogador negou "terminantemente" as acusações de violação e salientou que considera a violação "um crime abjeto".
Fernando Santos mostrou-se "completamente de acordo" com o presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, que atestou o "bom caráter" de Ronaldo, e acrescentou o seu parecer:
"Apoio sempre os meus jogadores nos momentos mais difíceis. Aqui, não é questão de solidariedade, eu acredito no que o jogador publicou [no Facebook]. Ele considera violação um ato abjeto, reafirma que está inocente. Conheço bem o Cristiano Ronaldo e acredito plenamente no que ele diz . Conheço-o muito bem e não acredito que ele faria aquilo de que está acusado, não cometeria um crime desse tipo".
O selecionador nacional recusou-se, ainda, a revelar aquilo que falou com o "amigo Cristiano Ronaldo", por serem "questões do foro íntimo".
O que se passa no "caso Mayorga"
Os advogados de Mayorga enviaram uma intimação ao avançado da Juventus, dando início a uma ação civil por "agressão e abuso sexual".
O internacional português tem 20 dias para responder à intimação. A norte-americana alega ter sido coagida a assinar um acordo de confidencialidade a troco de cerca de 325 mil euros (375 mil dólares).
Ronaldo é acusado de “agressão e abuso sexual”, “imposição intencional de sofrimento emocional”, “coação e fraude”, “chantagem e conspiração”, “difamação”, “abuso de direito” e expressa a “intenção declarada de tornar nulo o termo de confidencialidade ou torna-lo anulável com base na incompatibilidade” devido a “influência/coerção ou fraude”.
A polícia de Las Vegas reabriu esta semana a investigação sobre as acusações de violação apresentadas por Mayorga contra Cristiano Ronaldo, pelos factos que remontam a 2009, num hotel de Las Vegas.