04 mar, 2015 • Paulo Ribeiro Pinto
O presidente da Comissão Europeia tentou travar a polémica entre Portugal, Espanha e Grécia. Jean-Claude Juncker garante que se houvesse algum “plano diabólico” de Lisboa e Madrid para derrubar o Governo de Atenas, ele próprio o teria travado.
“Eu não vi no decorrer das últimas semanas que Portugal e Espanha tivessem um plano diabólico que consistiria em fazer cair o Governo do senhor Tsipras. Se tivesse tido a impressão de que Mariano [Rajoy] e Pedro [Passos Coelho] alimentavam esse detestável plano eu teria agido, mas o que há são boas intenções por isso eu não fiz nada”, disse.
Mariano Rajoy confessou não ter gostado das declarações de Alexis Tsipras e reafirma que as decisões tomadas no Eurogrupo foram unânimes.
"Não houve nem mais nem menos exigências, ou seja, Espanha tomou a mesma decisão que todos os outros, é uma decisão que pretende que a Grécia cresça, que tenha emprego e que cumpra os seus compromissos. O único problema que houve aqui foi, enfim, uma acusação que eu, pelo menos, não gostei, de que o Governo português e o Governo espanhol quisessem mudar o Governo grego. Isso sinceramente é despropositado", referiu.
E porque foi em Madrid que nasceu a ideia de um eventual terceiro resgate à Grécia, que poderia ser de um valor entre 30 e 50 mil milhões, foi o primeiro-ministro português a lembrar que são os países que pedem a ajuda financeira.
O presidente do Governo espanhol lembrou ainda que é preciso respeitar a dignidade do povo grego e que a Europa está cá para ajudar.