Rúben Amorim foi suspenso por seis dias, pelo Conselho de Disciplina (CD), por declarações proferidas em outubro, a propósito da sua expulsão no Sporting-FC Porto.

É o Sporting que revela a informação, num comunicado crítico à oportunidade da decisão, que retira o treinador banco no jogo com o Rio Ave, na quarta-feira, a contar para a jornada 31 do campeonato.

O Sporting considera tratar-se de "uma deliberação injusta e desproporcional". Os leões entendem que "as declarações do nosso treinador, no contexto em foram proferidas, não têm qualquer relevância quando comparadas com outras atitudes de outros agentes desportivos".

Em causa, de acordo com a nota do Sporting, está um comentário de Rúben Amorim à sua expulsão no clássico de 17 de outubro de 2020. "[A revolta] Passa pela dualidade dos critérios. Faço mea culpa, pois não devia ter dito o que disse. Mas oiço aquilo todas as semanas e momentos antes ouviu-se pior do outro lado. Mas os treinadores não podem dizer estas coisas. Aceito qualquer punição e castigo, já estou habituado. O que me revoltou foi a dualidade. Mas estamos sempre a aprender e crescer", disse o treinador do Sporting, na conferência de imprensa após o jogo.

O treinador acrescentou ainda que, na sua opinião, a equipa de arbitragem "teve influência no resultado do jogo". A partida terminou empatada a dois golos. O Sporting reclamou expulsão de Zaidu e penálti, num lance, no final da primeira parte, em que o árbitro Luís Godinho assinalou penálti e mostrou segundo amarelo o lateral nigeriano. Após ver as imagens, o Luís Godinho voltou atrás na decisão.

O árbitro alentejano expulsou o treinador do Sporting, que devido a esse vermelho foi punido, na altura, com seis dias de suspensão.

Seis meses depois, o Conselho de Disciplina pune Rúben Amorim com seis dias de suspensão. Considerando a deliberação "ilegal e injusta", o Sporting irá apoiar o treinador "em todas as iniciativas (...), nomeadamente no recurso a interpor junto do TAD [Tribunal Arbitral do Desporto]".