A suspensão de dois jogos da Liga Pro e a possibilidade da não realização do Sporting-Gil Vicente, aliado ao crescente número de casos nos plantéis dos escalões profissionais "é preocupante", assume-o João Pedro Mendonça.

O presidente da Associação de Médicos, mesmo assim, pede aos delegados regionais de saúde alguma elasticidade, "sem colocarem em causa a saúde pública".

"Têm de ter um comportamento adequado, entendo eu, de bom senso, de alguma também maleabilidade intelectual, que permita não serem excessivamente rigorosos", enfatiza o representante dos médicos de futebol, em entrevista à Renascença.

João Pedro Mendonça lembra que há "um documento elaborado" e que refere o "número mínimo de atletas que têm de estar sempre no jogo" para que este se possa realizar. Ou seja, só no caso de não poderem ser cumpridas estas determinações, e em último caso, se devem suspender os desafios agendados.

Sobre o número elevados de atletas com testes positivos, esclarece o médico que é uma situação preocupante, até porque estamos a falar de jogadores que "são supervigiados".

"Não quero de modo algum pensar que tenha a ver com alguma leviandade comportamental. Tem a ver com o facto de o vírus andar por aí e não se saber onde está. Temos de fazer tudo para não sermos responsáveis por contrairmos a infeção. Agora, impedir que aconteça estamos a ver que está a ser difícil", teoriza o presidente da Associação de Médicos de Futebol.

A concluir, um apelo ao regresso dos adeptos aos estádios. João Pedro Mendonça diz que o crescente número de casos positivos "faz-nos pensar", mas mesmo assim "com os devidos procedimentos", há condições para abrir portas a um número controlado de público nas bancadas.