Ficaram por distribuir quase 68 milhões de euros em prémios caducados da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) no período entre 2017 e 2022, segundo os dados consultados pelo jornal "Público".

A Santa Casa distribuiu 11,181 milhões em prémios neste período de seis anos, mas perto de 68 não foram reclamados pelos vencedores. 2018 foi o ano com mais prémios por reclamar: 16,4 milhões de euros.

Os vencedores com prémios superiores a 150 euros têm um prazo de 90 dias a partir do sorteio para reclamar o prémio. Quem não o faz, vê as verbas revertidas para diferentes entidades beneficiárias.

"No caso do Totobola e Totoloto, o montante dos prémios caducados reverte a favor das várias entidades beneficiárias dos jogos oficiais do Estado, nomeadamente de várias ministérios do Governo e dos Governos Regionais da Madeira e Açores. Nos restantes jogos, reverte a favor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa", esclarece a SCML ao "Público".

Em 2022, foram atribuídos mais de 1,9 mil milhões de euros em prémios. A raspadinha é o jogo responsável pela maior fatia, superior a mil milhão de euros.

Portugal teve 69 prémios superiores a um milhão de euros atribuídos no último ano, totalizando 195 milhões de euros. O maior montante corresponde ao Euromilhões, com um prémio de 119 milhões de euros atribuído. Lisboa e Porto são os distritos com mais altos premiados.

De acordo com os dados, os portugueses apostaram 3,136 milhões de euros no ano passado. É um crescimento de 72 milhões em comparação ao ano anterior e os números começam a aproximar-se dos dados pré-pandemia. Em 2019, a Santa Casa registou vendas de 3,36 milhões.