A Entrajuda faz esta terça-feira 20 anos. A instituição que nasceu através do Banco Alimentar mobiliza voluntários qualificados para levar conhecimento às instituições de solidariedade, tornando-as mais eficazes e mais eficientes para melhor combater a pobreza e promover a autonomia de muitas pessoas carenciadas.

À Renascença, Isabel Jonet, presidente da Entrajuda, fala na proximidade que é necessária para ser possível ajudar novos e graúdos.

“É preciso um conhecimento muito, muito próximo, e sempre atualizado das instituições de solidariedade social”, indica.

De acordo com a responsável, a instituição “tem uma base de dados do setor social que é, talvez, a melhor que existe em Portugal”, acrescentando que é necessário “estar sempre a atualizar este conhecimento”.

“Por um lado, são as próprias instituições que têm interesse e vantagem em fazê-lo, mas, por outro lado, recorremos a parcerias com empresas, com voluntários que querem ajudar no conhecimento desta rede, para que possamos servir melhor e dar uma resposta mais concreta àquilo que são as necessidades das organizações”, explica.

Isabel Jonet fala ainda da ação da Entrajuda na capacitação das pessoas com vista a ultrapassarem as situações delicadas em que se encontram.

“Aquilo que fazemos é ensinar e formar, transmitir formação às técnicas do setor social, para que possam ajudar as famílias que apoiam com encaminhamento, com formação, com orientação, para que não seja sempre necessário dar o pão”, assinala.

“O fim é sempre este. Nós vamos dar o pão, enquanto estas famílias necessitarem, mas o objetivo é que se consigam autonomizar e que se consiga construir um caminho com cada família, sempre que isso seja possível, que a leve a uma qualificação e que permita que se liberte daquilo que é uma dependência terrível”, conclui.