"Em política, tal como na vida, não vale tudo". Ana Jorge comentou, esta terça-feira, a sua exoneração do cargo de provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, assumindo que recebeu a decisão "com surpresa".

Numa mensagem enviada aos colaboradores da instituição - a que a Renascença teve acesso - Ana Jorge admite que os onze meses de trabalho na Santa Casa foram "muito duros", mas que avançou "rumo à sustentabilidade financeira".

"O comunicado emitido pelo Ministério do Trabalho é, pela forma rude, sobranceira e caluniosa com que justifica a minha exoneração, motivo para me sentir desiludida", refere na missiva. "Sempre achei e hoje mais do que nunca, que em política, tal como na vida, não vale tudo", continua.

Ana Jorge admite que só o trabalho desenvolvido "em tão pouco tempo" não a faz sentir "tão triste": "Por isto, só por isto", assegura, adiantando que "a seu tempo e em sede própria" contará a sua verdade, que "é a verdade de quem serviu a SCML com a mesma entrega e espírito de missão" que garante ter apresentado em todas as "funções públicas e cívicas" que desempenhou ao longo da vida.

[Notícia atualizada às 14h44 de 30 de abril de 2024]