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​Marcelo espera que o próximo ano letivo comece com ensino presencial

26 jun, 2020 - 14:09

Nomeação de Centeno para o Banco de Portugal fica sem comentário do Presidente da República. Sobre abertura das fronteiras com Espanha, prevista para 1 de julho, Marcelo sublinha que serão tomadas novas medidas sempre que for adequado.

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O Presidente da República espera que o próximo ano letivo “possa começar com ensino presencial”. Acompanhado pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, numa visita à Escolha Secundárias Fontes Pereira de Melo, no Porto, Marcelo agradeceu o esforço feito durante o período de pandemia para que a escola não parasse.

Observou, no entanto, que “não foi o fim de ano letivo perfeito”. “Não podia ser. Foi o possível dentro do possível”, acrescentou.

Como professor que é, Marcelo sabe bem qual é a diferença entre ensino presencial e ensino à distância. O segundo “foi recurso significativo neste período que passámos e passamos, mas não substitui o presencial”. “Deixo uma palavra de esperança para que o próximo ano letivo possa começar com ensino presencial”, reforçou.

“Nunca gostei da expressão ‘avanços e recuos’”

Portugal reabre todas as fronteiras com Espanha a 1 de julho. Questionado sobre se a evolução recente da pandemia podia levar a um retrocesso nessa decisão, o Presidente da República sublinhou que “as medidas vão sendo tomadas em função das necessidades”.

“Nunca gostei da expressão ‘avanços e recuos’, porque se se toma a medida adequada é sempre um avanço”, anotou, lembrando que “já há casos pontuais de abertura da fronteira com Espanha”. “Há vontade de generalizar essa abertura. Estaremos sempre atentos à evolução da situação sanitária”, completou.

Numa perspetiva mais ampla sobre a reabertura de fronteiras na Europa, e as diferentes medidas que cada país está a adotar, Marcelo lamentou a inexistência de um critério comum na União Europeia, nesse domínio.

Nota sobre notícia do "El País"

O Presidente da República aproveitou, ainda, para destacar a nota emitida pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), esta sexta-feira, a "repor a verdade sobre uma notícia de um jornal espanhol muito prestigiado". O jornal "El País" publicou notícia com o título “Portugal ordena o confinamento de 3 milhões de lisboetas”.

“O título da primeira página do El País de hoje (‘Portugal ordena o confinamento de 3 milhões de lisboetas’) é totalmente falso”, afirma o gabinete do ministro Augusto Santos Silva.

O MNE esclarece que, “pelo contrário, a grande parte da Área Metropolitana de Lisboa, com a exceção de 19 freguesias das 118 freguesias, passou a uma nova fase de desconfinamento”, do estado de calamidade para o estado de alerta.

O Governo decidiu, na quinta-feira, que os habitantes das 19 freguesias mais afetadas pela covid-19, todas na região da Grande Lisboa, vão voltar a ter o dever cívico de recolhimento. Só devem sair de casa para trabalhar e fazer compras. E os ajuntamentos nestas freguesias dos concelhos de Amadora, Odivelas, Loures, Sinta e Lisboa ficam limitados a cinco pessoas.

Mantém-se o essencial das recomendações para todo o pais, que passa para estado de alerta, com limites de ajuntamentos a 20 pessoas e recomendação do uso de máscaras. E mantém-se a obrigação de confinamento para infetados com covid-19.

A Área Metropolitana de Lisboa fica em situação de contingência e continua com regras próprias e essas regras são ainda mais apertadas para as 19 freguesias “críticas” como são tratadas na apresentação que o primeiro-ministro usou na conferência de imprensa.

Nomeação de Centeno sem comentário

Questionado, repetidas vezes, sobre a nomeação de Mário Centeno como governador do Banco de Portugal, e se tinha sido informado pelo primeiro-ministro, Marcelo remeteu comentário para mais tarde.

"Terei uma audiência com o primeiro-ministro. É um processo que não passa pelo Presidente da República, passa pela Assembleia da República e é uma decisão do Governo", respondeu, rejeitando outras investidas sobre o tema.

O Governo formalizou, na quinta-feira, a designação do antigo ministro das Finanças para governador do Banco de Portugal.

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