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Coronavírus. "Estar assintomático é positivo", diz DGS sobre português infetado

23 fev, 2020 - 13:59 • Marta Grosso com Lusa

Diretora-geral da Saúde deixa uma “palavra de tranquilidade” ao primeiro caso português de coronavírus e avança que não há mais portugueses com testes positivos a bordo do “Diamond Princess”.

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A diretora-geral da Saúde, diz que o facto de “estar assintomático” é um bom indicador sobre o Covid-19. “Temos de estar tranquilos e pensar que este nosso concidadão, até à data não apresenta sintomas”, afirmou.

Graça Freitas referia-se ao caso do português que deu teste positivo ao novo coronavírus. “Vamos aguardar para ver a evolução, mas estar assintomático é, por enquanto, positivo”, disse à agência Lusa.

O português tem 41 anos e é membro da tripulação do navio “Diamond Princess”, que está atracado no Japão com mais de 600 pessoas infetadas a bordo.

Segundo a TVI24, que avançou a notícia da infeção no sábado à noite, Adriano Maranhão é natural da Nazaré, distrito de Leiria, e não apresenta os principais sintomas do novo coronavírus.

Sem registo de mais portugueses infetados

Em comunicado divulgado neste domingo, a DGS adianta que “as pessoas com testes positivos a bordo do navio têm sido transferidas para um hospital de referência no Japão, de acordo com prioridade do seu estado clínico e cumprindo o protocolo estabelecido neste país”.

Nas declarações à agência Lusa, Graça Freitas explica os passageiros assintomáticos não são prioritários e que o protocolo “nestas situações é para isolamento e ficar em vigilância para ver se os sintomas evoluem ou não evoluem”.

Na nota, a Direção-geral de Saúde acrescenta que, segundo “informação das autoridades japonesas, os outros quatro tripulantes de nacionalidade portuguesa apresentam testes negativos”.

Depois de, “há já algum tempo, se ter pensado que um outro estaria positivo, não se veio a confirmar”, acrescentou Graça Freitas à Lusa.

“A DGS continua a acompanhar a situação em articulação com o Ministério dos Negócios Estrangeiros e com as autoridades de saúde pública no local”, garante-se ainda no comunicado.

Isso mesmo foi confirmado durante a manhã deste domingo, num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros, em que se garantia que o Governo português está a “insistir junto das autoridades locais para que se proceda à sua transferência para o hospital de referência”, no Japão.

O coronavírus Covid-19 surgiu em dezembro em Hubei, no centro da China, país onde estão registados, a nível continental, 76.936 casos, 2.442 dos quais mortais.

O segundo país mais afetado é o Japão, com 769 casos (três dos quais mortais), incluindo pelo menos 691 no cruzeiro “Diamond Princess”, onde neste domingo morreu mais uma pessoa (a terceira vítima mortal a bordo).

Segue-se a Coreia do Sul, com 602 casos, seis dos quais mortais.

Itália surge em quarto lugar, sendo que é o país mais afetado dentro do continente europeu.

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