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Governo promete melhorias na ADSE para 2020

24 dez, 2019 - 12:24 • Filipe d'Avillez , ADSE precisava de mais 70 trabalhadores para resolver atrasos crónicos

A aposta na desmaterialização da entrega de pedidos de reembolso deve melhorar muito o tempo de processamento, diz o Executivo.

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O Governo promete que a prestação da ADSE vai melhorar significativamente em 2020.

Perante as notícias desta terça-feira de que existem atrasos de vários meses no processamento de reembolsos e que dão conta da falta de pelo menos 70 trabalhadores para dar conta do trabalho por fazer neste sistema, o Governo reagiu através de um comunicado enviado à Renascença pelo gabinete da Ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública.

Segundo o gabinete, o Orçamento do Estado para 2020 já inclui um “conjunto de alterações que, juntamente com a entrada em produção do sistema de verificação das faturas submetidas na ADSE no e-fatura, irão melhorar significativamente o processamento de reembolsos e acelerar todo o processo.”

“Estas alterações vão permitir a desmaterialização da entrega dos pedidos de reembolso tanto pelos beneficiários, como pelas entidades empregadoras, sendo que estes pedidos podem também ser submetidos através das Lojas e Espaços Cidadão e das Lojas ADSE, nos casos em que os beneficiários não tenham a disponibilidade ou a destreza digital de usarem autonomamente a referida plataforma.”

“A desmaterialização do pedido de reembolso permitirá reduzir substancialmente o respetivo tempo de processamento e pagamento aos beneficiários”, afirma o comunicado, que atribui os atuais atrasos à “necessidade de proceder a um controlo rigoroso do cumprimento das regras da tabela de regime livre”.

As queixas sobre os atrasos na ADSE foram feitas por Eugénio Rosa, do Conselho Diretivo do sistema. Em declarações à Renascença o diretor, que é eleito pelos representantes dos beneficiários, diz que a culpa é do Ministério das Finanças.

“Estamos a terminar o ano e é preciso nova autorização do Ministério das Finanças. Ainda por cima esta situação tenderá a agravar-se porque o Ministério das Finanças só autoriza depois da aprovação do Orçamento. Depois tem de lançar as cativações, portanto só para o fim de março e que se poderá lançar um concurso para a aquisição de serviços”, afirma Eugénio Rosa.

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  • Cidadao
    25 dez, 2019 Lisboa 14:34
    O fundamental é acabar com a ADSE, para promover o negócio de seguros de saúde privados. Aqueles seguros que enquanto somos novos e não damos despesa, somos aceites de braços abertos, mas quando chega a idade avançada com as doenças respeitantes a acompanhar, deixamos de ser bom negócio e a companhia de seguros rescinde unilateralmente o contrato e nós ficamos boquiabertos pois é nessa altura que mais precisamos e ... deixamos de ter, isto depois de anos e anos a pagar o prémio do seguro que não costuma ser barato. Aí, restará um SNS sem médicos ou enfermeiros e que neste momento praticamente já só é usado por quem não pode pagar alternativas . A existência da ADSE entre outros subsistemas, está a impedir este rendoso negócio para as seguradoras, logo tem de ser fechada, destruída, ou no mínimo, ficar esgotada como o SNS. É daí que vem a preparação da opinião pública com as sucessivas notícias de ADSE entrar em prejuízo para o ano X, ADSE para Todos - pena não esclarecerem que ADSE não é grátis, é tipo seguro em que se desconta à parte das contribuições normais cerca de 3,5% do ordenado - prestadores a quererem "fugir", etc, etc. Tudo em prol de um novo e rendoso ramo de negócio. Mas sem o confessar, claro.

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