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ADSE precisava de mais 70 trabalhadores para resolver atrasos crónicos

24 dez, 2019 - 07:28 • Redação

Ao sistema não falta dinheiro, mas sim braços. O Governo, contudo, não aprova o orçamento necessário para fazer mais contratações.

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A ADSE tem 650 mil despesas por tratar e os atrasos nos reembolsos têm vindo a agravar-se.

A denúncia é de Eugénio Rosa, membro do conselho diretivo da ADSE, que diz na edição do “Público” desta terça-feira que são precisos mais 70 trabalhadores para que o subsistema de saúde dos funcionários públicos possa funcionar normalmente.

O economista critica ainda a intenção do Governo de transformar a ADSE (uma modalidade de acesso aos cuidados de saúde) numa associação mutualista, desresponsabilizando o Estado.

Eugénio Rosa considera que esta intenção manifestada pela ministra da modernização do Estado, Alexandra Leitão, abre a porta à captura da ADSE aos grandes grupos de saúde. Com a situação atual já acontece o sistema ter de recorrer aos privados para colmatar os atrasos.

O membro do conselho diretivo, que é eleito pelos representantes dos beneficiários, não hesita em apontar o dedo ao Governo e aos seus representantes no Conselho Diretivo, pela falta de trabalhadores, explicando que a decisão de contratar mais quadros foi tomada há cerca de um ano e meio, mas até abril de 2019 nada tinha sido feito. Quando finalmente o Ministério das Finanças centralizou os concursos para todos os técnicos superiores do Estado, delegou a realização dos concursos num serviço que “não tem recursos para fazer a avaliação dos 20 mil candidatos que se inscreveram, e Mário Centeno tem recusado aproar um orçamento para aquisição desses recursos”.

O problema, assegura, não é falta de dinheiro, mas mesmo falta de capacidade de processar os mais de 12 mil pedidos de reembolso que chegam todos os dias.

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