04 abr, 2017 - 16:33
A Amnistia Internacional diz que é preciso responsabilizar os autores dos ataques com armas químicas na Síria.
Pelo menos 58 pessoas morreram esta terça-feira num ataque com armas químicas. O ataque ocorreu numa zona controlada pela oposição e, de acordo com a denúncia do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), entre os mortos há 11 crianças. Mais de cem pessoas terão ficado feridas e a situação agravou-se quando o próprio hospital em que estavam a ser assistidos os sobreviventes foi bombardeado num raide aéreo. No total fala-se em mais de 100 mortos e 400 feridos.
O OSDH garante que se tratou de um ataque com armas químicas, mas que não consegue identificar.
O Exército sírio desmente, contudo, a utilização de químicos nos seus ataques e a Rússia também negou ter levado a cabo qualquer raide aéreo na zona.
Ouvido, esta terça-feira pela Renascença, Paulo Fontes, da Amnistia Internacional em Portugal, sublinha que se sucedem este tipo de ataques e é essencial responsabilizar os seus autores pelos crimes de guerra cometidos na Síria.
“É mais um episódio dos crimes contra a humanidade, tanto pelas forças governamentais como pelas forças rebeldes. É mais um episódio que, para a Amnistia, demonstra que é essencial uma clara responsabilização por estes crimes de guerra e crimes contra a humanidade”, afirma.