04 abr, 2017 - 10:15 • João Carlos Malta , Graça Franco , Raquel Abecasis Vídeos: Bárbara Afonso e Teresa Abecasis
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Depois de há uma semana, numa entrevista à Renascença e ao "Público", o ministro das Finanças, Mário Centeno, ter dito, sobre o Montepio, que apenas estava descansado em relação ao seu trabalho, desta vez foi o primeiro-ministro a responder de forma semelhante à pergunta se estava tranquilo em relação ao que se passa na associação mutualista e no banco que têm à frente Tomás Correia e Félix Morgado.
“Relativamente aos produtos supervisionados pelo Ministério do Trabalho, sim, estou tranquilo com a competência do ministro Vieira da Silva”, afirmou.
Sobre o facto de não se ter ouvido nos últimos dias o ministro sobre o Montepio, respondeu: “Não é pelo facto de se falar muito que os problemas se resolvem.”
Sobre os processos que enfrenta Tomás Correia, que lidera a Associação Mutualista Montepio e já liderou o banco Montepio, António Costa defende que não é o Governo que determina a idoneidade de um banqueiro.
“A idoneidade não compete ao Governo”, argumenta. Essa é uma responsabilidade do Banco de Portugal. E no caso da associação mutualista compete ao Governo? “Não. Só sobre alguns produtos”, respondeu.
Costa afirmou ainda que o Governo tem trabalhado na transformação da Caixa Económica Montepio Geral em Sociedade Anónima, num novo modelo de supervisão e em “dotar o sistema de recursos de capital necessário”.
A mutualista, defende o primeiro-ministro, é um instrumento da garantia das poupanças “de muitas e muitas famílias” que “é necessário preservar”. Importa, defendeu, não "criar alarmismo desnecessário".
Em relação à crise no Montepio, Costa disse que “é um problema bastante conciso e limitado no sistema financeiro, relativamente a outros problemas que têm vindo a ser resolvidos com sucesso”.