20 mar, 2018 - 12:55
O antigo ministro da Administração Interna João Calvão da Silva morreu esta terça-feira. Tinha 66 anos.
Calvão da Silva faleceu vítima de doença prolongada, confirmou fonte oficial social-democrata.
Nasceu em 20 de fevereiro de 1952, foi
professor universitário, e desempenhou o cargo de ministro da Administração
Interna no curto segundo Governo PSD/CDS-PP liderado por Pedro Passos Coelho,
que durou menos de um mês em 2015.
Durante esta sua passagem pelo Governo ficou conhecido pelas suas declarações durante uma visita a Albufeira, cidade que tinha sofrido inundações na sequência de um temporal. Calvão da Silva falou em "fúria demoníaca" da natureza e aconselhou que "é bom reservar sempre um bocadinho para ter seguro".
João Calvão da Silva foi também presidente do Conselho Nacional de Jurisdição do PSD e deputado à Assembleia da República, eleito pelo círculo de Coimbra, entre 1995 e 1999.
Desempenhou funções como secretário de Estado adjunto de Carlos Mota Pinto, então vice-primeiro-ministro, entre 1983 e 1985.
João Calvão da Silva foi também um dos três juristas de Coimbra a quem Ricardo Salgado pediu um parecer que atestava a sua idoneidade para permanecer à frente do BES. O catedrático considerou que a “liberalidade” (14 milhões de euros) recebida pelo banqueiro do construtor José Guilherme se enquadrava no “bom princípio geral de uma sociedade que quer ser uma comunidade – comum unidade –, com espírito de entreajuda e solidariedade”.
O presidente do PSD, Rui Rio, já manifestou as “mais profundas condolências” pela morte de João Calvão da Silva.
“João Calvão da Silva desempenhou diversos cargos no PSD, destacando-se pela sua militância ativa e defesa das causas nacionais”, refere a direção social-democrata, em comunicado.
O corpo ficará em câmara ardente na Capela da
Universidade de Coimbra, a partir das 15h00. O funeral realiza-se na quarta-feira, pelas
15h00.