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Ministro sobre cheias em Albufeira: "É bom reservar sempre um bocadinho para ter seguro"

02 nov, 2015 - 16:46

Ministro não se quer comprometer com a declaração de calamidade pública

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A declaração de calamidade pública em Albufeira, na sequência do temporal que se abateu na região, está dependente do cumprimento dos requisitos legais para a sua efectivação, disse esta segunda-feira o ministro da Administração Interna, João Calvão da Silva.

De visita à zona mais afectada pelas fortes chuvas de domingo, a baixa de Albufeira, o ministro não se quis comprometer com a declaração de calamidade pública, que a autarquia pondera pedir por pensar que estão reunidas as condições para tal.

"É preciso que o levantamento seja feito e, verificado esse levantamento, com os requisitos legais preenchidos, aplica-se a lei", declarou o governante, sublinhando não estar ainda em condições de dizer se vai ser declarado o estado de calamidade pública, uma vez que os "as leis são para cumprir e os requisitos legais têm de se verificar".

“Quem não tem seguro, aprende em primeiro lugar que é bom reservar sempre um bocadinho para no futuro ter seguro. Segundo, é bom esperar que o levantamento seja feito pela autarquia, que é a autoridade adequada, e mostrar que os requisitos de calamidade se verificam e accionar a lei”, disse.

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Uma "fúria demoníaca" da natureza

Para Calvão da Silva, os meios de Protecção Civil actuaram com eficácia perante uma situação muito excepcional do ponto de vista do estado do tempo, uma "fúria demoníaca" da natureza. "A fúria da natureza não foi nossa amiga. Deus nem sempre é amigo. Também acha que de vez em quando nos dá uns períodos de provação", diz.

"Houve aqui em Albufeira uma fúria da natureza, que se revoltou e, nessa medida, teve de [se] passar para o segundo nível de protecção civil, que é o nível distrital. Aí, obviamente, o CODIS complementou os serviços camarários e municipais e nessa medida também funcionou bem.”

“Quando assim é, quando, por um lado, as forças operacionais e, por outro lado, os comandos funcionam, significa que Portugal pode confiar nos serviços de protecção civil. Todos, em conjunto, merecem o apreço do ministro da Administração Interna, do Governo e do país”, concluiu o ministro.

Antes da visita à zona mais afectada pelo temporal, o ministro da Administração Interna apresentou condolências à família da vítima mortal, em resultado do temporal, um homem de 79 anos. "Entregou-se a Deus e Deus com certeza que lhe reserva um lugar adequado", disse.

O presidente da Câmara de Albufeira estimou esta segunda-feira em “largos milhares de euros" os prejuízos causados pelas inundações de domingo, que abrangem redes de esgotos, águas e electricidades, estradas e ruas, um pouco por todo o concelho, e praias também.

No centro da cidade de Albufeira, a zona mais atingida pelas fortes chuvas e onde a água atingiu cerca de 1,80 metros de altura, as equipas de limpeza e os comerciantes estão desde manhã a tentar remover lamas e objectos arrastados pela corrente.

Comentários
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  • jc
    04 nov, 2015 Albufeira 22:14
    Ainda acham que não deviam ter seguro? Maior burrice do que os comentários é não terem feito o seguro e agora querem á força culpar alguém
  • É só pérolas...
    03 nov, 2015 Lx 20:54
    Já não bastava a Senhora D. Cristas armada em santa (do pau oco, na minha opinião de cristã), vem agora mais um falar de Deus...que Deus isto, que Deus aquilo....principalmente depois da calamidade que levou à morte de uma pessoa. Haja respeito! E como se não bastasse, ainda vem dar lições de moral de que as pessoas devem pensar no seguro....."pontapeando" quem já estava no chão, todo enlameado...Isto só visto.... é de bradar aos céus!...
  • rosinda
    03 nov, 2015 palmela 20:46
    Ha por ai gente que nao guarda um bocadinho de dinheiro para o seguro automel !
  • rosinda
    03 nov, 2015 palmela 20:40
    durante toda a vida houve pessoas que guardaram sempre um bocadinho para o seguro!
  • rosinda
    03 nov, 2015 palmela 20:35
    durante toda a vida uns pagam seguro outros nao!
  • Paula
    03 nov, 2015 Funchal 14:18
    De que serve reservar dinheiro para o seguro, se a maior parte dos seguros exclui as calamidades e fenómenos extremos da natureza? Este tipo de observação além de demonstrar a ignorância acerca de como funcionam os seguros, mostra uma extrema falta de sensibilidade.
  • Filipe Ruas
    02 nov, 2015 Tavira 21:43
    Conversa de quem nunca teve uma empresa nem salários a pagar do próprio bolso. Baixa o IVA da restauracão e talvez fique um bocadinho para o seguro. Cambada de tolos!
  • Fernando
    02 nov, 2015 Lisboa 19:24
    Reservar um bocadinho para a segurança social mais um bocadinho pros pecs mais um bocadinho para o ies mais um bocadinho para certidoes mais um bocadinho para licenças mais um bocadinho para o irc mais um bocadinho para programas de facturação e mais um bocadinho para seguros de acidentes de trabalho mais um bocadinho para os aumentos da luz agua e gas e mais um bocadinho e outo bocadinho e mais outro bocadinho qualquer para qualquer bocadinho que apareça.
  • Prior do Crato
    02 nov, 2015 Crato 18:51
    Mais um beato, um fascista,quem nos acode?
  • Callavero
    02 nov, 2015 212.3.25.1 18:27
    Tal como também é bom reservar uns palavrões para chamar a pretensos indivíduos que se fazem passar por ministros...

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